Literatura, história e ciência no século XIX: a visão naturalista de Rodolfo Teófilo sobre o povo cearense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Mendonca, Erika Goncalves De
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=95741
Resumo: Este trabalho tem por objetivo analisar o modo como Rodolfo Teófilo, um literato cearense, se apropriou das teorias cientificistas europeias do século XIX para elaborar uma visão sobre o sertão cearense, através de sua literatura naturalista. Analisamos quatro romances publicados na década de 1890, momento de maior produção romanesca desse autor, nos quais ele se dedicou a produzir uma literatura sobre o povo cearense. As obras analisadas são A Fome (1890), Os Brilhantes (1895), Maria Rita (1897) e O Paroara (1899). Embora sejam obras publicadas na década de 1890, nosso recorte se estende desde a década de 1870, momento em que as ideias racialistas passaram a ser difundidas no campo intelectual brasileiro e momento de formação acadêmica desse intelectual na Faculdade de Medicina da Bahia, onde ele teve acesso a esse aporte teórico. A análise do texto parte de uma perspectiva diacrônica em relação ao momento de sua produção (REUTER, 2016), articulando o intrínseco da obra (conteúdo) ao extrínseco (condições de tempo e lugar). Buscamos tornar clara a forma original como esse literato reinterpretou e arranjou certas teorias cientificistas para escrever sobre os sertanejos cearenses, baseado em elementos culturais e sociais que marcaram sua visão sobre aquele povo.