Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
Ceballos, Rodrigo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Campinas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=103641
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Resumo: |
<span style="color: rgb(51, 51, 51); font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; background-color: rgb(255, 255, 255);">Neste trabalho, busco analisar nos discursos das elites e dos intelectuais recifenses do início do século XX, as tentativas de criação de um modelo de masculinidade diante dos temores do que foi denominado de "maus costumes". A representação falocêntrica do nordestino está tão bem absorvida, cristalizada no imaginário e subjetivada por nós hoje, que não chegamos nem ao menos a questioná-la. Esta invenção histórica da figura do nordestino, portanto, serviria para combater os "maus costumes" que emergiam com a reurbanização da cidade do Recife. Vários discursos críticos a uma modernidade desenfiado que estaria invadindo a cidade alardeavam sobre a crise das identidades sexuais, ao mesmo instante que serviam para classificar as práticas dos "maus costumes" e difundir o medo de uma "desvirilização da raça". Discutia-se sobre a presença de mulheres que, de costas, pareceriam homens, ou sobre homens resignados e "moles", incapazes de assumir velhos papéis sociais ditos como típicos de seus antepassados. Homens " efeminados" e"mulheres viragos" que para a intelectualidade recifense não representariam mais o tempo áureo de uma região constituída e habitada apenas por homens de fibra, verdadeiros "cabras-machos".</span> |