A máquina do mundo: a lírica moderna e crítica da reificação em Benjamin, Baudelaire e Drummond

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Francisco Gabriel Soares da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=84628
Resumo: <div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">O que significa pensar as configurações da vida modernas? Quando Walter Benjamin lança seu olhar para a poesia produzida por Charles Baudelaire na segunda metade do século XIX, há um esforço de tentar responder a esta pergunta. A segunda metade do século XIX, a Paris de Baudelaire, passa por um processo de transformação e modernização. É nessa configuração que o poeta (sensível às questões de seu tempo) efetivará sua poesia, uma poesia lírica no alto desenvolvimento do capitalismo. Propomo-nos, então, uma análise similar da que propõe Benjamin, lançando um olhar para a primeira metade do século XX no Brasil, a partir da poesia de Carlos Drummond de Andrade. O poeta brasileiro faz parte do movimento que concebemos enquanto Modernismo, um movimento cultural amplo, presente na literatura, artes plásticas e sociologia. Defendemos a tese de que aquilo que chamamos de modernidade, ou modernização, ocorre de formas e em momentos diversos a depender das tarefas e do estágio do capitalismo. Baudelaire está no centro do capitalismo no século XIX, ao passo que Carlos Drummond de Andrade se encontra na periferia deste no século XX. O desenvolvimento industrial no Brasil se dará em atraso, se comparado aos países no centro do capitalismo. Compreendemos que esse elemento, do desenvolvimento das forças produtivas, nos permite aproximar Modernidade e Modernismo, ao passo que em cada momento histórico as demandas e questões se diferenciam mais ou menos semelhantes.O desenvolvimento das forças produtivas no Brasil, a partir do desenvolvimento industrial, que surge de uma reconfiguração econômica na década de 1930, remodela as relações sociais. Esse fato nos leva a refletir de que modo Carlos Drummond de Andrade entende esse processo, e traz para o centro da sua poesia (que compreendemos lírica) a questão da reificação do indivíduo moderno.&nbsp;</span></font><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: Poesia Lírica. Reificação. Drummond. Modernismo. Marx.</span></div>