De dentro para fora: um olhar bakhtiniano sobre a representação da face discursiva da pessoa com Síndrome de Down na exposição Inside Out

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Santos, Ingrid Xavier dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=105735
Resumo: <font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Esta pesquisa respalda-se nas obras do Círculo de Bakhtin, com ênfase em Bakhtin (2003) e Volóchinov (2017), na construção sociológica de face, postulada por Goffman (2002; 2011) e tem como objetivo analisar como a exposição Inside Out constrói a face das pessoas com Síndrome de Down, a partir das categorias bakhtinianas exotopia, alteridade e signo ideológico. Para realizar este trabalho, utilizou-se, como método, a Análise Dialógica do Discurso (BRAIT, 2006), com o propósito de analisar cinco fotografias, das vinte e uma, que foram expostas na exposição Inside Out, no período de 21 de março a 11 de abril, nos Estados Unidos, em comemoração ao dia internacional da Síndrome de Down. Das análises, pode-se afirmar que a exposição Inside Out faz uso de elementos semióticos para trazer à memória do leitor discursos estigmatizados e em seguida desconstruí-los. A partir do seu excedente de visão, o autor-fotógrafo constrói efeitos de sentidos diferentes dos socialmente propagados a respeito da Síndrome de Down, assim sendo, ao reconhecer a alteridade dos indivíduos com Down, a exposição atua como uma prática social responsiva a discursos reducionistas e refuta os estigmas sobre esses sujeitos. Além disso, a exposição constrói novos discursos, sobre as pessoas com Down e estabelece novos sentidos para a face desses sujeitos, corroborando, assim, na desmistificação da identidade desses indivíduos, vistos como incapazes.</span></font>