Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Dutra, Marrie Da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=117410
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Resumo: |
Espécies do gênero Candida são fungos comensais encontrados em mucosas e pele de humanos e animais, mas em indivíduos imunocomprometidos, podem se tornar patógenos causadores de infecções graves. Nos últimos anos, houve um aumento de infecções por espécies de Candida não-albicans, especialmente do complexo Candida parapsilosis. Para ampliar as possibilidades de tratamento desses patógenos, fitoquímicos como o lupeol, um triterpenoide com atividade antimicrobiana encontrado em plantas, têm ganhado interesse. No entanto, seu potencial antifúngico e antiparasitário ainda é pouco explorado. A partir disso, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito antifúngico do lupeol contra as espécies do complexo C. parapsilosis em sua forma planctônica e de biofilmes maduros, além de investigar por meio de docking molecular, um possível mecanismo de ação para sua atividade antifúngica e, por fim, investigar seu potencial nematicida sobre o modelo Caenorhabditis elegans. Foram utilizadas 11 cepas das espécies do complexo C. parapsilosis além de uma cepa ATCC para validação do teste. A sensibilidade planctônica ao lupeol, anfotericina B, fluconazol, itraconazol, voriconazol e caspofungina foi realizada através do ensaio de microdiluição em caldo e a sensibilidade do biofilme foi feita por meio da avaliação da biomassa e atividade metabólica. A investigação sobre uma possível molécula alvo para seu efeito antifúngico foi realizada através de docking molecular. Por fim, a atividade nematicida foi investigada utilizando o modelo de infecção C. elegans em estágio larval (L4). Como resultado, o lupeol demonstrou atividade antifúngica sobre crescimento planctônico com concentração inibitória mínima entre 64-512 µg/mL e sobre biofilmes maduros, reduziu a biomassa em média de 30% a partir da concentração 1024 µg/mL e a atividade metabólica em média de 82% a partir da concentração de 64 µg/mL. O docking molecular demonstrou sítios de interação do lupeol com a enzima 14α-demetilase. Além disso, o composto apresentou atividade nematicida sobre C. elegans a partir da concentração de 64 µg/mL. A partir destes resultados conclui-se que o lupeol apresenta potencial terapêutico antifúngico contra as espécies do complexo C. parapsilosis in vitro, e que seu efeito pode estar associado à sua interação com a enzima 14α-demetilase, envolvida na biossíntese do ergosterol. Ademais, lupeol também apresenta potencial nematicida, podendo ser considerado um composto promissor para o combate de outros nematoides. |