Histologia, biofísica e bioquímica relacionados com a resistência à fusariose em abacaxizeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Aquije, Glória Maria de Farias Viégas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=66114
Resumo: Dentre todas as doenças do abacaxizeiro (Ananas comosus var. comosus) a fusariose, causada pelo fungo Fusarium guttiforme Nirenberg & O'Donnell (syn.: Fusarium subglutinans (Wollen & Reinking) Nelson, Tousson & Marasas f. sp. ananas Ventura, Zambolim & Gilbertson) destaca-se por ser a que maiores prejuízos econômicos traz aos produtores, com perdas de até 100% da produção. A identificação e determinação das diversas respostas da planta contra patogenos são muito importantes para se entender a interação planta-patógeno, subsidiando estratégias mais efetivas de manejo das doenças. Este trabalho foi realizado com objetivo de determinar os fatores histológicos, biofísicos e bioquímicos associados ao processo de infecção do F. guttiforme em abacaxizeiro resistente e suscetível. Foram utilizados três cultivares de abacaxizeiro, ‘Vitória’ (resistente), ‘Smooth Cayenne’ e ‘Pérola’ (suscetíveis), cultivadas em telado no Núcleo de Biotecnologia Aplicada ao Agronegócio da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Folhas ‘D’ das plantas foram destacadas, sendo a região basal (aclorofilada), inoculada com uma suspensão de conídios (105 conídios mL-1) do fungo F. guttiforme. As amostras foram preparadas à fresco ou fixadas em FAA50 (Formaldeído 37%, ácido Acético e Álcool etílico 50%) para observações em microscópio óptico e fixadas em glutaraldeído 3% (v/v), para observações ao microscópio eletrônico. As propriedades mecânicas da parede celular foram observadas em microscopia de força atômica, com equipamento Shimadzu (SPM-9600), e os compostos fenólicos ligados à parede celular determinados por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência. As características constitutivas morfo-anatômicas de todas as cultivares foram típicas para a família Bromeliaceae. Destacou-se a densidade dos tricomas-escamiformes, que atuam como abrigo natural para os conídios do patógeno e favorecem a fase epifítica do fungo, sendo a média de 10 escamas/mm2 para cv. ‘Vitória’ (resistente) e 14 e 22 escamas/mm2 para as cultivares suscetíveis ‘Smooth Cayenne’ e ‘Pérola’, respectivamente relacionando-se às escamas à interação planta-patógeno. Foram observadas diferenças, na espessura da parede celular 48 horas após inoculação (h.p.i.), na cv. Vitória com as paredes celulares mais espessas (0,55 ± 0,06 µm), enquanto na cv. Pérola as paredes eram mais finas (0,20 ± 0,02 µm), e a eficiência no processo de cicatrização e lignificação, relacionados com a resistência à fusariose, na cv. Vitória. Pela microscopia de força atômica identificaram-se diferenças nas propriedades mecânicas da parede celular entre as cultivares, com maior rigidez da parede celular a cv. Vitória, com média e o valor máximo da força de adesão de 0,33/1,98 nN comparado a 10,94/83,06 nN na cv. Pérola. Para as características induzidas 48 h.p.i., a média e o valor máximo da força de adesão foram de 1,54/2,75 nN para a cv. Vitória e 16,12/8,01 nN para a cv. Pérola, esses valores foram associada aos elevados níveis de compostos fenólicos ligados à parede celular. Os ácidos pcumárico e ferúlico foram importantes compostos fenólicos encontrados e ligados à parede celular. Palavras-chave: Ananas comosus var. comosus; Fungo; Fusarium guttiforme; interação planta-patôgeno .