Conselhos de saúde e desafios da participação popular: um estudo no município de Redenção - Ce

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Ponte, Rita Lopes da Silva de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=83844
Resumo: <div style="">Antes da Constituição Federal de 1988, a atenção à saúde por parte do Estado era destinada àqueles que contribuíam com a Previdência Social. A assistência médica estava a cargo das Caixas de Aposentadoria e Pensão (CAPS) as quais dispunham de uma rede de ambulatórios e hospitais, deste modo, quem não tinha dinheiro dependia da Filantropia e da Caridade, sem a participação do usuário, onde as classes mais abastadas procuravam cuidar de sua saúde nos consultórios médicos privados. Com o advento da Carta Magna de 1988 o controle social se tornou mais fortalecido com a união das forças sociais dos profissionais de saúde e com a mobilização da sociedade civil organizada, nasce por meio desses movimentos a Reforma Sanitária, com a prerrogativa de reivindicar direitos igualitários de saúde para todos. Desse processo, emerge o Sistema Único de Saúde (SUS) que se institucionaliza como política pública nacional de saúde com uma proposta de equidade e universalidade. O desenho institucional participativo da política nacional se constitui pela Institucionalização do Conselho Nacional de Saúde, as conferências de saúde e a formalização dos conselhos municipais de saúde, com função deliberativa, consultiva e fiscalizadora das políticas e ações e serviços de saúde do SUS. Trata-se de um colegiado paritário com 50% de usuário, garantindo a participação no exercício do controle social, 25% de profissionais de saúde e 25% de governo. Dentro dessa lógica, de forma a buscar uma análise mais localizada, a presente pesquisa foi desenvolvida no CMS situado na rua Av. da Abolição Nº 3 - Centro - Redenção-Ceará. O objetivo geral foi analisar o Conselho Municipal de Saúde enquanto instituição participativa (Avritzer, 2011), responsável pelo controle social da política de saúde implementada pela gestão pública municipal considerando o caráter da sua efetividade participativa através do processo deliberativo democrático. A trajetória metodológica percorrida constituiu-se de pesquisa bibliográfica, documental e de campo. Essa última realizada no referido município, e ainda a observação sistemática, propiciada pela condição da pesquisadora na função de secretária executiva do conselho. O período estipulado para análise compreendeu os anos de 2013, 2014, 2015 e 2016. Entre as várias conclusões destaca-se que houve uma efetividade participativa neste período. Mesmo diante de intercorrências nas reuniões, pode-se afirmar que houve participação do colegiado: as pautas originárias da Secretaria de Saúde foram intercaladas por demandas livres de conselheiros representantes dos distritos e as deliberações transcorreram de modo, até certo ponto, participativo. Em síntese, afirma-se que houve efetivação da participação no sentido do exercício do controle social da política de saúde de Redenção no espaço do referido conselho.&nbsp;</div><div style="">Palavras - Chave: Conselho de Saúde. Políticas Públicas. Instituições Participativas</div>