Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Pinheiro, Francisco Felipe de Aguiar |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=82875
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Resumo: |
<div style="">A investigação, recorrendo a uma ampla revisão bibliográfica, legislação e as fontes orais, analisa como professores de História da educação básica no Ceará, que lecionaram durante a Ditadura Militar, resistiram aos currículos prescritos para o ensino dessa disciplina. O golpe Civil-Militar de 1964 e seus fundamentos ideológicos orientam a reforma educacional de 1971, expressa na letra da Lei n° 5692, que sintetizava o projeto educacional do Estado. Esse projeto elitista se apoiava no Privatismo, Segurança Nacional, Desenvolvimentismo, Tecnicismo e na Teoria do Capital Humano. No Ceará, após o golpe, os governos dos coronéis Virgílio Távora e César Cals tentaram, sem sucesso, em especial este último, impor ao Ceará os fundamentos do projeto educacional do Estado. O nacional buscou impor-se ao local. Fundamentados no paradigma da História Social Inglesa e nos estudos de E.P Thompson que sustenta a ―História vista de baixo‖ e reafirma a tradição marxista e o Materialismo Dialético, adotamos a História Oral como metodologia, em sua modalidade temática, explorando as relações entre História e Memória. O campo de estudos da epistemologia da prática que investiga a natureza dos saberes docentes, estudos sobre experiência em E.P Thompson que resgata o agir do sujeito na História, considerando as relações entre estrutura e consciência social, sem com tudo, conceber a segunda como mero apêndice da primeira, afastando-se de um equivoco reducionista dos estruturalistas e da ortodoxia economicista, nos dão a certeza que pessoas vivem situações semelhantes, mas não reagem as mesmas de forma automática ou mecanizada. Antes, refletem sobre estas experiências e essas reflexões se manifestam em suas consciências. Em síntese, as análises, apesar das diferenças de posição dos professores, e dos diversos modos de resistência, reforçam a assertiva de que professores resistiriam ao que lhes era posto, construindo brechas, espaços de manobra e ruptura diante do que lhes era posto. Houve vigilância, temor, obediência, prisões, sequestro, tortura, demissões, contudo sempre houve resistência. Palavras-chave: Ditadura Militar. Ensino de História. Resistência. Experiência. Saberes Docentes.</div> |