A arte de não ser governado: Cuidado de si, estética da existência e contraconduta em Michel Foucault

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Nascimento, Elielvir Marinho do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=102208
Resumo: <font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Trata-se, no presente trabalho, de investigar as conexões entre os conceitos de cuidado de si, estética da existência e contraconduta no pensamento do filósofo francês Michel Foucault (1926-1984). Através da análise da genealogia das técnicas de governo e da crítica anarqueológica da subjetividade elaborada pelo filósofo, investiga-se como os referidos conceitos, juntos com o de atitude crítica, revelam a existência de uma arte de não ser governado que seria correlata das artes de governar os homens. Situando-se no contexto geral do tema da governamentalidade entendida como “governo de si e dos outros”, mostramos que o tema do cuidado de si (epiméleia heautou) ganha uma importância central na ética elaborada por Foucault, pois é nele que o filósofo encontra a ideia do bíos (vida) como objeto ético-estético a ser elaborado pelas artes de viver (tékhnai perì bíon). Articulando as pesquisas do filósofo no campo da ética antiga com aquelas referentes ao poder pastoral e às contracondutas pastorais na Idade Média, evidencia-se a existência de uma história da arte de não ser governado na qual os conceitos de cuidado de si, estética da existência e contraconduta figuram como elementos fundamentais. Considerando as mutações e a perenidade do paradigma do governo pastoral das condutas em nossas sociedades, o qual se caracteriza pela produção da obediência na subjetividade dos governados, argumentamos que o cuidado de si e a estética da existência, na medida em que buscam dotar o sujeito da capacidade de governar a si mesmo (enkratéia), aparecem como possíveis formas de resistência ao poder enquanto conduta dos seres humanos na contemporaneidade.</span></font>