Ensaio clínico de enfermagem acerca do estabelecimento de metas de bem-estar para pessoas hipertensas fundamentado em imogene king

• Ano de defesa: 2010
• Autor(a) principal: Bezerra, Sara Taciana Firmino
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
• Palavras-chave em Português: cuidados clínicos em saúde; Enfermagem; Hipertensão
• Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=60020

<p align="justify" style="margin-bottom: 0.53cm; orphans: 2; widows: 2"> <span style="font-variant: normal"><font color="#000000"><font face="Open Sans, sans-serif"><font size="2" style="font-size: 9pt"><span style="letter-spacing: normal"><span style="font-style: normal"><span style="font-weight: normal">A Hipertensão Arterial configura-se como uma doença cardiovascular crônica com alta prevalência na sociedade brasileira, dessa forma, é um grande desafio para a saúde o seu controle. A equipe multidisciplinar presente na atenção primária visa o acompanhamento dessa clientela, e a enfermagem, disciplina que assume o cuidado da pessoa, tem papel importante no Programa de Controle da Hipertensão Arterial. Ainda assim, vê-se a dificuldade encontrada na adoção de estilos de vida que promovam saúde e bem-estar. Assim, a fim de prestar cuidado clínico de enfermagem na atenção primária em saúde com clientes hipertensos, o presente estudo volta-se para uma proposta de cuidado interativa entre enfermeiro e hipertenso, com base no referencial teórico de Imogene King, enfermeira que elaborou a Teoria do Alcance de Metas. Por meio desta teoria, enfermeira e cliente interagem, traçam metas de saúde, e discutem meios para o alcance dessas metas. Dessa forma, a pesquisa aqui elaborada propõe o cuidado de enfermagem fundamentado na Teoria do Alcance de Metas com clientes hipertensos. Realizou-se ensaio clínico em uma Unidade Básica de Saúde da Secretaria Executiva Regional IV (SER IV) do município de Fortaleza CE. A população foi composta por hipertensos cadastrados em uma equipe do Programa Saúde da Família (PSF) desta unidade. Formaram-se dois grupos um grupo experimental e um grupo controle. A amostra contou com 40 hipertensos com 20 em cada grupo. Como instrumentos de coleta de dados utilizou-se: roteiro de identificação dos pacientes (dados sociais, anamnese e exame físico); roteiro de observação não-participante da consulta de enfermagem realizada na unidade com os pacientes do grupo controle; um Roteiro de Consulta de Enfermagem (MOREIRA, 2003); um Roteiro Meta-Orientado de Enfermagem com a Lista de Problemas, Lista de Metas e Processo de Intervenção (BEZERRA, 2006) com o grupo experimental. A coleta de dados ocorreu de fevereiro a setembro de Com o grupo controle, coletaram-se os dados de identificação e exame físico e observou-se a consulta de enfermagem no primeiro dia de coleta de dados. Com o grupo experimental, realizou-se a interação enfermeira (pesquisadora) com os hipertensos, mensalmente durante quatro meses. Durante a consulta, eram detectados problemas de saúde, estabelecidas metas mútuas, discutidos meios de obtenção das metas e, nos meses seguintes, avaliava-se se as metas eram atingidas totalmente, parcialmente ou não atingidas e se deveriam ser reformuladas. Ao final dos quatro meses, todos os participantes foram reavaliados quanto aos dados de anamnese e exame físico. Os aspectos ético-legais da pesquisa envolvendo seres humanos foram respeitados em acordo com a Resolução 196 de 1996 do Conselho Nacional de Saúde e o projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Ceará, sob o Protocolo No Os resultados obtidos foram: a maior parte dos pacientes são mulheres 24 (60%); a predominância dos hipertensos foi de adultos entre 38 e 59 anos; a maioria dos participantes é casada (57,5%); os hipertensos têm a escolaridade diversificada, de analfabetos ao ensino superior; a maior parte é católica (82,5%); em sua maioria são aposentados (67,5%); têm uma renda familiar média de dois salários mínimos; mais pessoas do grupo controle que não realizavam atividade física; nos dois grupos, havia mais clientes que declararam ter a vida sexual ativa; os pacientes já realizam o controle do consumo de sal na dieta; a maior parte dos hipertensos estudados faz o controle da ingestão de doces e massas; cinco participantes declararam-se fumantes; a prática do etilismo esteve presente em 9 participantes do estudo; a PAS esteve dentro dos parâmetros limítrofes para 16 clientes hipertensos; no caso da PAD, esse contingente foi de 21 (52,5%) indivíduos com o valor alterado; 14 hipertensos com bradicardia; 6 (15%) apresentaram o IMC normal em igual quantidade para os dois grupos; encontrou-se que 12 (30%) estavam com essa medida da cintura normal. Na observação da consulta de enfermagem com o grupo controle encontrou-se alta incidência nas medidas da PA, peso, altura, dados referentes à família, caindo a avaliação quanto percepção/acompanhamento de saúde, nutrição e metabolismo, exercícios e atividades, consumo de saúde, açúcar e mudanças no estilo de vida. Não se verificou abordagem quanto às eliminações; padrão de sono/repouso;</span></span></span></font></font></font></span><span style="display: inline-block; border: none; padding: 0cm"><font color="#ffffff"><font face="Open Sans, sans-serif"><font size="1" style="font-size: 8pt"><span style="letter-spacing: normal"><span style="font-style: normal"><span style="font-weight: normal"><span style="background: #67809f"><span style="font-variant: normal"> </span></span></span></span></span></font></font></font></span><span style="font-variant: normal"><font color="#000000"><font face="Open Sans, sans-serif"><font size="2" style="font-size: 9pt"><span style="letter-spacing: normal"><span style="font-style: normal"><span style="font-weight: normal">autoconceito; papéis e relacionamento; sexualidade e reprodução; estresse; crenças e valores; nem a aferição do pulso; frequência cardíaca; IMC; cintura; quadril e relação cintura-quadril. Com o grupo experimental, durante os quatro meses de acompanhamento foram detectados problemas (46), estabelecidas metas (49) e negociadas as intervenções (242) nas variáveis: percepção geral da saúde; nutrição e metabolismo; eliminações; exercícios e atividades; autoconceito; sono e repouso; estresse; crenças e valores; mudanças no estilo de vida; exame físico; dados referentes à família; e uso da medicação. A comparação entre o grupo experimental e o grupo controle, ao final dos quatro meses de acompanhamento demonstrou que: apesar de serem resultados sutis, houve diferença estatisticamente significante para o grupo experimental quanto a pressão arterial sistólica (p=0,006); para o grupo controle na pressão arterial diastólica (p=0,024), mesmo com maior diferença de média no grupo experimental; não houve diferença estatisticamente significante para frequência cardíaca, pulso, IMC, cintura/quadril, apesar da redução maior no grupo experimental. Para as variáveis controle do consumo de sal (p=0,004), carboidratos (p=0,004), prática de atividade física (p&lt;0,001), houve diferença estatisticamente significante para o grupo experimental em relação ao controle, mas não para a variável prática da atividade sexual (p&gt;0,999). Desses resultados, pôde-se concluir pela viabilidade da utilização da Teoria do Alcance de Metas na atenção primária pela enfermeira, de forma a colaborar para o controle, apesar de lento, contínuo para os pacientes hipertensos, pois se demonstrou resultados mais otimistas para a adesão ao tratamento da Hipertensão Arterial, com melhorias no bem-estar da clientela. Descritores: Enfermagem; Cuidados de Enfermagem; Teoria de Enfermagem; Hipertensão.</span></span></span></font></font></font></span></p>