Estudo dos padrões e dinâmica dos ventos de baixos níveis sobre o estado do Ceará através de modelagem atmosférica

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Lima, Gizelly Cardodo
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
• Palavras-chave em Português: Ciências físicas aplicadas
• Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=95383

A análise dos padrões costeiros dos ventos no Litoral do Ceará (LC) passa pela compreensão da dinâmica das brisas. Com ênfase no ciclo diurno da radiação e circulação, utilizou-se de dados observacionais de Plataformas de Coletas de Dados (PCDs), dados do satélite geoestacionário GOES 13 canal vísivel, GOES-E EUMETSAT e da modelagem numérica de mesoescala/regional, utilizando-se para tal propósito o modelo Weather Research and Forecasting (WRF-ARW na versão 4.0) e o método de Downscaling Dinâmico. As informações de grande escala, iniciais e laterais, são provenientes dos dados de reanálises, ERA-INTERIM fornecido pelo European Centre for Medium-Range Weather Forecasts (ECMWF). A primeira simulação foi realizada para os dias 1 de setembro de 2005 a 6 de setembro de 2005 e utilizada para validação do modelo em comparação com as PCD’s com localidades em Icapuí, Acaraú e Barroquinha, além de uma torre anemométrica localizada em Camocim. Como o período escolhido de 2005 possui uma série de dados observacionais sem falhas, contudo uma deficiências de observações de satélites é realizado uma segunda simulação no mesmo período para o ano de 2018, utilizando para comparar com os dados do EUMETSAT as médias diária da irradiância de ondas longas e ondas curtas que atinge a superfície da Terra, a fim de aferir a distância meridional de entrada da brisa no continente e estudos da dinâmica do fenômeno nas localidades em Barroquinha (Litoral Oeste), Fortaleza e Aracati (Litoral Leste). Constatou-se que os ventos costeiros são mais fracos soprando do continente para o oceano quase paralelo à costa. As maiores velocidades, às 6 horas correspondem às regiões mais elevadas e às 15 horas observam-se ventos mais fortes no litoral com componente oceânica. Observa-se também uma linha cheia quase paralela à costa, e que avança para o interior do continente durante a tarde, separa os ventos superficiais de nordeste, ao norte, dos ventos de sudeste, ao sul, ou seja, mostra o posicionamento do vento de 90º , vento de leste. Destacando-se que o avanço da Frente de Brisa Marítima (FBM) é menor no litoral oeste. Palavras-chave: Modelagem Numérica. Brisa. WRF.