Reforma Psiquiátrica e o Fórum Cearense de Luta Antimanicomial: estratégias e táticas antimanicomiais no Ceará em tempos da pandemia de Covid – 19.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Gicelia Almeida Da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=101609
Resumo: A investigação foi motivada por uma atuação profissional que reconhece na ação práxica dos movimentos sociais, enquanto estratégia de tensionamento das ações do Estado na busca de promoção de uma sociedade sem manicômios. Assim, o Fórum Cearense da Luta Antimanicomial, enquanto movimento social, configura espaço de enfrentamento social na construção do debate sobre políticas públicas de saúde mental prezam pelo cuidado de pessoa com transtornos mentais em liberdade. Objetivou-se analisar as ações do Fórum cearense da Luta Antimanicomial (FCLA), enquanto uma estratégia de enfrentamento das estruturas manicomiais no Ceará. Outros objetivos foram: identificar ações e atores que promovam atividades de participação social FCLA; Compreender as reverberações da luta antimanicomial em suas vidas e na construção de suas relações comunitárias; Compreender quais as formas de intervenção dos participantes do FCLA para construir o debate antimanicomial no Ceará; conhecer a trajetória dos atores que promovam ações de participação social no FCLA; compreender a perspectiva que os atores do FCLA possuem sobre o conceito de participação social. A metodologia de investigação teórica foi a pesquisa bibliográfica e documental. Com o evento pandêmico causado pela disseminação da Covid-19, o FCLA precisou de uma adaptação das atividades para o modelo virtual de comunicação. Por isso utilizou-se a rede internacional de computadores interligadas (internet) por meio das plataformas instagram, facebook, googleo meet e o aplicativo whatsapp para acompanhar as ações do FCLA e estabelecer diálogos com os atores. Para o registro e armazenamento de dados utilizou-se o Googleo drive e o diário de campo. Para a análise da pesquisa de campo o método de análise de conteúdo e análise de discurso dos sujeitos. Como resultados centrais tem-se que a luta antimanicomial mantém na cena social, debates que expõem as relações de opressão, dominação e exclusão. Considera-se que, o Fórum Cearense da Luta antimanicomial, obteve o status de movimento social de referência na luta antimanicomial cearense, mesmo antes de ser instituído, com a participação no processo do caso Damião Ximenes Lopes, que condenou o Brasil na Comissão Internacional dos Direitos Humanos, em 2002. A pandemia e o avanço do neoliberalismo no Brasil, mostra ameaças e rebatimentos sobre a perspectiva defendida pelos membros do Fórum Cearense de Luta Antimanicomial que é o de promover uma sociedade sem as estruturas manicomiais.