Composição de metabólitos primários e perfil de compostos voláteis dos frutos de etnovariedades de gabiroba (Campomanesia xanthocarpa Berg) com ocorrência na floresta nacional da Região Sul do Brasil.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Paz, Samuel Alves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=97946
Resumo: A gabiroba (Campamonesia xanthocarpa Berg) é uma espécie comum nas Florestas Nacionais das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, considerada como importante fonte de renda para muitas comunidades locais devido à sua relação com Produtos Florestais Não Madeireiros (PFNM), contribuindo para a sustentabilidade das florestas nativas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a variabilidade de diferentes etnovariedades de C. xanthocarpa em relação aos compostos orgânicos voláteis (COV) e não voláteis. Frutos de diferentes colorações de casca (predominante branca, amarela e vermelha) procedentes de três diferentes locais ao redor da Floresta Nacional em Irati, Paraná, foram avaliados quanto aos metabólitos primários por espectroscopia de RMN de 1H e 13C e COV por MEFS-CG-EM. Os dados foram submetidos a análises multivariadas ou quimiométricas de ACP, Heatmap e Agrupamento Hierárquico. Glicose e frutose foram os compostos dominantes na composição da gabiroba. Os frutos de casca branca da localidade Pinho de Baixo (PBW) destacaram-se pela maior intensidade de ácido málico, enquanto as demais amostras, casca amarela de Pinho de Baixo (PBY), casca branca de Coxinho (CW) e cascas branca e vermelha de Inhapinhazal (IW e IR) apresentaram maior intensidade de glicose, frutose e alanina. Um total de 102 COV foi detectado no headspace das amostras. IW, IR e PBY apresentaram perfis de voláteis semelhantes devido a maiores concentrações de monoterpenos. O diferencial de PBW e CW em relação aos demais deu-se pela predominância de sesquiterpenos, além de aldeídos e ésteres. A análise quimiométrica revelou que os principais compostos voláteis responsáveis pela discriminação entre as amostras foram α-thujene, α-pinene, β-pinene, o-cymene, γ-terpinene, α-terpinolene, nonanal, 4-terpineol, α-cubebene, α-copaene, β-caryophyllene, α-humulene, viridiflorol, guaiol, e um terpeno não identificado. Observou-se que os frutos de etnovariedades com diferentes cores de casca podem ter composição semelhante, enquanto aqueles com a mesma cor, mas procedentes de locais diferentes, podem ter perfis diferentes, revelando que a cor da casca provavelmente não é indicativa de uma variedade de gabiroba, mas pode ser consequência da variabilidade natural de uma espécie não domesticada.