Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Castro, Hedgar Lopes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=84593
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Resumo: |
<div style="">Platão, ao produzir o Górgias, pôs a figura Sócrates para ilustrar a experiência do diálogo com o mestre em retórica Górgias e seus discípulos, Polo e Cálicles. O objetivo de Sócrates é saber qual o objeto da retórica e, para isso, coube-lhe refutar cada representante dela em meio ao diálogo com os mesmos. Tal refutação foi recortada, nessa dissertação, sob dois eixos temáticos: dýnamis e dóxa, duas das principais características próprias da natureza e atividade retóricas. Somente depois de verificar como elas estão expostas pelos oradores profissionais poderemos introduzir uma breve refutação propriamente socrática: a refutação que pretende explicitar como os oradores e cidadãos na pólis, em nome e reforço da retórica, estão relacionados. Um dos maiores êxitos de Sócrates, no Górgias, é concluir que a retórica não possui um objeto e, por isso mesmo, é fadada à infusão de crenças no cidadão que, sem exame, configuram-se como uma ameaça ética na pólis. A falta de objeto à retórica nos conduz ao estudo do Fedro, na medida em que este diálogo se propõe a pensar uma retórica objetiva: a retórica filosófica, uma verdadeira técnica da retórica. A introdução dessa empreitada ocorre com uma indicação da reminiscência à retórica, uma vez que a atividade individual estabelecida pela reminiscência mostra que a retórica fala sozinha, concebendo a sua audiência em si mesma, e que, apesar disso, pode falar propriamente com o outro. Mas ela apenas pode introduzir o outro e dialogar verdadeiramente com ele a partir dos passos dialéticos que um filósofo propõe à sua atividade. Enquanto o orador ordinário discursa, o orador dialético propõe o diálogo e pode conceber, desta forma, a condução das almas (psykhagogía) de modo propriamente dialético. O que Sócrates quer, no Fedro, é reformar a retórica, tornando-a preocupada com o caráter ético e epistemológico de seu desígnio de persuadir e educar cidadãos. E a relação entre Górgias e Fedro, a partir dessa abordagem que as relaciona, vai nos mostrar o quão a dialética é inseparável da retórica. Palavras-chave: Sócrates. Retórica. Verdade. Discurso. Dialética. Persuasão.</div> |