Uso do corticóide antenatal e repercussão clínica no pré-termo em maternidades do SUS do município de Fortaleza, Ceará

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Cavalcante, Analice Fontenele Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=53764
Resumo: Introdução - A mortalidade infantil, principalmente à custa da mortalidade perinatal, mantém-se como problema de saúde pública. Portanto, medidas que visem à prevenção ou a redução das principais causas desses óbitos são constantemente estudada. Apesar de fortes evidências apontando para a eficácia da terapia antenatal com corticóide, no intuito de reduzir a morbimortalidade em RNs prematuros, vários estudos mostram que na prática sua utilização ainda não representa consenso, pois se observam falhas no manejo desta terapia. Objetivo -Avaliar o uso e as repercussões clínicas em RNs hospitalizados em unidades de tratamento intensivo neonatal do SUS-CE, oriundos das gestantes com ameaça de parto prematuro, conforme o uso ou não de corticóide antenatal. Metodologia - Estudo prospectivo de coorte hospitalar. A população constituiu-se de recém-nascidos com idade gestacional entre 24 e 34 semanas, que foram internados em UTIs neonatais de duas maternidades do SUS no Município de Fortaleza - CE, no período de junho a dezembro de 2007. As informações foram colhidas do banco de dados da pesquisa: Diagnóstico da qualidade da atenção perinatal prestada em instituições de saúde participantes da Rede Norte-Nordeste de Saúde Perinatal. Foi realizada análise descritiva e comparativa mediante uso do corticóide antenatal e desfecho clínico. Resultados - Foram estudados 391 RNs nas duas maternidades. O uso do corticóide antenatal foi observado em 69,3% da amostra, todavia a utilização de esquema completo de corticóide antenatal foi observado em cerca de 21% desse total. Dentre as características maternas, a presença de DHEG/eclâmpsia, ruptura prematura de membrana e descolamento prematuro de placenta, além de realização de pré-natal, apresentaram associação com a utilização de corticóide antenatal. Quanto às características do RN, observou-se que a corticoterapia antenatal não apresentou proteção para os desfechos clínicos, como síndrome do desconforto respiratório, sepse, hemorragia intracraniana ou para modalidades de assistência ventilatória, como IMV, intubação em sala de parto ou uso de surfactante, exceto para a utilização de CPAP nasal em RN com idade gestacional maior do que 31 semanas e maior ou igual a 1500g. Conclusão - A utilização da terapia com corticóide antenatal nos serviços estudados tem sido satisfatória, contudo, observam-se ainda falhas em sua administração. Quanto à repercussão no RN, não encontrou relação significativa entre o uso de corticóide antenatal e evolução clínica, com exceção do uso de CPAP nasal em RN maior. Os dados podem não apresentar significância em razão do tamanho da amostra ou mesmo da forma como o corticóide foi administrado. Palavras-chave: Corticóide Antenatal; Prematuridade; Morbimortalidade Neonatal.