Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Sborz, Julia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/15129
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Resumo: |
A água é um recurso essencial para a vida no ambiente urbano, e no entanto há incertezas quanto à sua disponibilidade. No Brasil, grande parte da população urbana é de baixa renda, representando uma parcela considerável da população. Habitações de Interesse Social (HIS) são uma solução para a moradia da população de baixa renda, e tipicamente tratam-se de grandes empreendimentos ou projetos. Assim, por seu caráter de larga escala, HIS são particularmente oportunas para aplicação de medidas sustentáveis. O consumo de água em HIS, no entanto, é pouco explorado no Brasil, e seu estudo pode servir de base para definição de políticas de habitação e sustentabilidade. O objetivo do presente trabalho é estimar o consumo per capita de água quente, fria e total em HIS de Joinville que possuam sistema de aquecimento solar de água (SAS), e descrever seus fatores determinantes. Para isso, dois condomínios residenciais que se enquadravam nesses critérios foram avaliados. Os dados socioeconômicos e de hábitos de consumo de água foram obtidos através da aplicação de questionário aos moradores e os dados de consumo de água foram obtidos com a Companhia Águas de Joinville. De um total de 600 apartamentos, obteve-se resposta ao questionário em 271 deles. As relações entre as variáveis independentes e dependentes foram investigadas estatisticamente utilizando coeficientes de correlação, análise de diferenças de grupos e modelos de regressão linear múltipla. Os valores médios de consumo de água quente por mês e por estação apresentaram correlação linear negativa e forte com os valores médios de radiação solar e temperatura ambiente, enquanto o consumo de água fria apresentou associação forte positiva com esses mesmos valores de temperatura e a radiação. O consumo de água total apresentou correlação fraca ou inexistente com as variáveis climáticas, exceto para a temperatura ambiente das estações, caso em que a correlação obtida foi positiva fraca. Das variáveis socioeconômicas e de hábitos, o aumento no número de moradores mostrou uma tendência a reduzir todos o indicadores de consumo de água per capita, sendo a única variável presente em todos os modelos. A presença de crianças, o número de moradores, o percentual de crianças, a presença de adolescentes, a presença de homens, o percentual de adolescentes e a presença de adultos apresentaram relação negativa com os consumos, enquanto o percentual de adultos que trabalham e o percentual de adultos apresentaram relação positiva com os consumos per capita de água quente, fria e total. O grupo de moradores que espontaneamente mencionou a presença de vazamentos apresentou maior consumo de água. Não há diferença significativa entre os grupos de moradores que utilizam e que não utilizam SAS, ainda que não usar o SAS esteja associado a uma redução do consumo de água por correlação e no modelo de consumo per capita de água total. O R2 ajustado dos modelos de consumo de água fria e total ficou próximo a 0,40, enquanto para água quente foi de apenas 0,10. Em geral, os fatores determinantes do consumo de água total são mais semelhantes àqueles associados ao consumo de água fria do que aos de água quente. |