Há algo em jogo: entre a catástrofe e a contingência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Werner, Cyntia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/17433
Resumo: Esta tese é o relato sobre um encontro com a catástrofe. A partir dos rompimentos das barragens de rejeitos de minério de ferro de Fundão, em Mariana, e da Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, se estabelece uma relação de proximidade física com os acontecimentos. No decorrer destes deslocamentos, o ato de caminhar e a escuta tomam o lugar que seria da representação. A catástrofe protagonizada na potência da fatalidade, do aleatório, do azar, do inesperado, mas por outro lado, repercute naquilo que está sob a égide do controle, dos riscos identificados, das precauções, do referencial de passado, da responsabilidade, e tudo aquilo que envolve, a possibilidade de uma contingência. A narrativa decorre em primeira pessoa por tratar-se de um relato de experiência que é atravessado por outras vozes, aquelas das pessoas atingidas, as quais compartilham histórias e sentimentos de quem teve a vida violentamente afetada por um acontecimento que envolve consideráveis perdas, tanto no aspecto humano quanto material. A estrutura da tese se apresenta de forma anacrônica, pois o decurso de experiência atravessa de forma simultânea dois momentos distintos, o da tragédia recém ocorrida e o outro de memória que testemunha a imobilidade das ruínas