História das mulheres no Museu Julio de Castilhos (PoA, RS): presenças e ausências nos objetos documentados (1995-2010)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silveira, Andrea Reis da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/15518
Resumo: Nesta tese dediquei-me analisar os objetos do acervo do Museu Julio de Castilhos (MJC), nas coleções adquiridas por doação no período de 1995-2010, Indumentária, Iconografia e Documentos. Por meio das peças identifiquei a presença da ausência a respeito das histórias das mulheres. O corpus documental da investigação contou com os registros do banco de dados institucional, o Sistema Donato 3.0, e os documentos dos arquivos permanentes da instituição. Defendo que há representações de histórias das mulheres nos objetos do acervo musealizado, mas a documentação museológica instituída pelo museu provocou sentidos de ausência dessas histórias e memórias. Os registros dos objetos não predispuseram dados e informações suficientes para a ressonância delas nas narrativas do museu. A pesquisa verificou que as intelectuais mediadoras, ou seja, as doadoras e o corpo técnico formado por mulheres não estiveram representadas nesse acervo. As mulheres que foram representadas pelos objetos incorporados e nas narrativas foram subsumidas pela reprodução de estereótipos de classe, etnia, faixa etária e religiosidade. A construção documental de presença de histórias das mulheres, quando existente nos objetos, esteve limitada às características desses grupos que não são condizentes com a pluralidade da categoria mulher. No presente, as memórias e histórias das mulheres permaneceram pontuadas em representações do passado, persistente, levando a concluir que as histórias das mulheres no MJC foram silenciadas a contar da gênese da produção das representações, na construção dos significados dos objetos durante a musealização.