Coletas docentes: uma leitura a/r/tográfica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Tharciana Goulart da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/17334
Resumo: Esta pesquisa objetiva realizar uma leitura a/r/tográfica sobre exercícios de coletas e suas relaçõescom a docência em Artes Visuais. A coleta é também uma metafórica para o modo como esta pesquisa é construída. A investigação sobre o trabalho de artistas pesquisadores/as professores/as é articulada aos conceitos de coleção e arquivo, bem como de ordem e classificação. Na reflexão sobre esses temas, os autores Baudrillard (1973), Benjamin (2009), Pomian (1984), e a autora Guasch (2011) são os principais aportes teóricos. Na a/r/tografia, a abordagem metodológica é desenvolvida a partir da reflexão sobre os escritos de Irwin (2016), Springgay, Irwin, Kind (2005) e Irwin e Springgay (2013), que possibilitou desenvolver uma pesquisa entre a teoria e prática artística, e também vislumbrar caminhos para as continuidades e reverberações do que é aqui apresentado. As perguntas tensionadas ao longo do trabalho foram: Coletar é um ato investigativo? Como os guardados (coleções e arquivos) de artistas pesquisadores/as professores/as ressoam sobre seus exercícios docentes? Quais são as possibilidades que se abrem para pesquisas no Ensino das Artes Visuais a partir de um uma abordagem a/r/tográfica? Para a reflexão sobre tais questões, durante a investigação, realizaram-se duas coletas de dados: o Projeto Poético Pedagógico Coletas docentes desenvolvido na disciplina de Estágio Curricular Supervisionado III no curso de Licenciatura em Artes Visuais da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) e as entrevistas com duas artistas pesquisadoras professoras (Lucimar Bello Frange e Manoela dos Anjos Afonso Rodrigues) e um artista pesquisador professor (Ronaldo Alexandre de Oliveira). Neste cenário, Paulo Freire (2020, 2021) e John Dewey (19341, 2010) são apontados como referências para pensar a relevância do entendimento sobre experiência e contexto para esta investigação a/r/tográfica. Ao final da pesquisa, percebeu-se que coletas podem ser atos investigativos à medida que impulsionam para novas ações, sejam estas em pesquisas teórico-práticas ou na vida cotidiana. Além disso, percebeu-se que pensar com a a/r/tografia é pensar de modo movente e inquieto, estar atento à potência dos excessos e das aberturas e, assim, realizar uma pesquisa viva.