Comportamento biomecânico do reparo ósseo nos biomateriais de origem bovina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Martins, Cesar Antonio de Quadros
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/20849
Resumo: O presente estudo tem como objetivo identificar a resistencia mecânica óssea e o deslocamento do osso ncoformado utilizando-se biomateriais de origem bovina e enxerto homólogo no preenchimento de uma falha de 3,5 mm no rádio em 17 dos 19 coelhos adultos machos da raça nova Zelandia, coni massa de 3,5 a 5,0 Kg. Os biomateriais são substancias biologicamente ativas, que apresentam efeito osteogenico, isto c, ativam a formação de osso “novo” nos organismos vivos. Neste estudo foram utilizados 1res grupos: grupo I com enxerto ósseo orgânico e inorgânico bovino, pool de proteína morfogcnética bovina e colágeno bovino, como biomateriais em dez animais. Dois animais foram submetidos à retirada das asas ilíacas para posterior congelamento e implantação em sete animais formando o grupo II, ou enxerto homólogo. O grupo III ou controle consistiu nos rádios não operados dos 17 animais. Após 42 dias, os animais foram sacrificados c os rádios foram submetidos ao teste de flexão em três pontos, com a aplicação da carga no sítio da regeneração, sendo avaliados a carga máxima e o deslocamento neste ensaio mecânico. O teste estatístico realizado foi ANOVA - um caminho, com p<0,05 para três amostras, post-hoc de Scheffé e o coeficiente de variação. Quanto à carga máxima para a ruptura, o grupo I (biomateriais) apresentou uma média de 77,1 N ± 67,2N e um CV (coeficiente de variação) de 87%, o grupo II (enxerto homólogo) apresentou uma média de 154,8 N ±103,2 N, com um CV de 66%, já o grupo controle obteve uma média de 201,8 N ± 63,ON e um CV de 31%, que caracterizou uma diferença estatisticamente significante entre o grupo I com o grupo controle (p=0,0009). Quanto a variável deslocamento, o grupo I apresentou uma média de 1,0 mm ± 0,7mm com um CV de 70%, o grupo do II apresentou uma média de 1,0 mm ± 0,6 mm com um CV de 60% e o grupo III uma média de 0,9 mm ± 0,3 mm e CV de 33%, não demonstrando diferença estatisticamente significante (p=0,49). Quatro espécimes do grupo dos biomateriais que fizeram parte do estudo estatístico apresentaram não consolidação na falha criada, por outro lado os espécimes preenchidos com enxerto homólogo consolidaram em todos os casos. Em conclusão, os enxertos homólogos apresentaram consolidação satisfatória demonstrando um pico de carga máxima com valores próximos aos do grupo controle. Porém, os biomateriais demonstraram uma variação intragrupo muito alta devido às não consolidações, com média de carga máxima muito baixa.