Dinâmica de florestas nebulares em Urubici – Planalto Sul Catarinense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Mendoza, Talissa Magno
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/16642
Resumo: As florestas alto-montanas estão ameaçadas direta e indiretamente por atividades antrópicas, como por exemplo, pela criação de gado em áreas adjacentes. Dessa forma, este trabalho buscou estudar a dinâmica de florestas nebulares localizadas em Urubici, no Planalto Sul Catarinense, sujeitas a impactos antrópicos. Para isso, foram avaliados cinco fragmentos de Floresta Ombrófila Mista Alto-Montana, um localizado em área particular (sujeita a impacto de gado recente) e quatro localizados no Parque Nacional (PARNA) de São Joaquim (sem impacto de gado recente, mas com distintos estágios sucessionais). Essas áreas, inventariadas em anos anteriores (2015 e 2016/2017) em parcelas permanentes, foram reavaliadas para os estudos da dinâmica florestal. Assim, todas as árvores dentro das unidades amostrais com DAP (diâmetro a altura do peito, medido a 1,30 m do solo) maior ou igual a 5 cm foram remedidas (DAP), as árvores mortas foram contabilizadas e as árvores recrutas (aquelas que atingiram o nível de inclusão de 5 cm de DAP) foram plaqueteadas, identificadas e incluídas ao inventário. As seguintes taxas demográficas das comunidades e populações foram calculadas: recrutamento, mortalidade, ganho e perda em área basal, mudanças líquidas e rotatividades. As áreas sem a presença recente de gado, dentro do PARNA, apresentaram as maiores taxas de recrutamento e ganho em área basal, enquanto que a área com gado apresentou resultados contrários, com taxas de mudança líquida negativa em número de indivíduos e em área basal, indicando um processo de desestruturação da floresta. Considerando as diferentes áreas sem gado, percebe-se que, em resposta aos diferentes estágios sucessionais das áreas, houve variação nas taxas de dinâmica florestal, com a área mais inicial de sucessão apresentando tendência de substituição florística. Infere-se que a ausência do gado permite que a floresta se desenvolva e que indivíduos recrutas substituam os senescentes, o que é esperado em ecossistemas florestais sem distúrbios. Na área com presença de gado observou-se menor recrutamento de indivíduos adultos, o que, a longo prazo, pode resultar no desaparecimento de espécies mais sensíveis a este distúrbio.