Cultura kaingang e slow design: modelo conceitual para desenvolvimento de produtos artesanais de moda

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Gois, Miruna Raimundi de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/18015
Resumo: Nota-se, ao longo do século XXI, uma crescente busca por produtos artesanais e com referências históricas locais no mercado capitalista e não indígena. Além disso, os emergentes estudos decoloniais e novos formatos da prática do Design estão redirecionando constantemente antigos paradigmas. Para atender a essas demandas e novos cenários socioculturais, considera-se que os princípios do Slow Design são um guia capaz de direcionar os trabalhos entre designers e não designers – neste caso, indígenas, na abordagem participativa e colaborativa em projetos de Design e Moda. A etnia indígena Kaingang, representa vasta contribuição para a cultura local e brasileira e vivencia desde a colonização europeia, a discriminação, preconceitos e marginalização pela sociedade não indígena, tornando-se um grupo minoritário e fragilizado socioeconomicamente no contexto contemporâneo. Diante disto, esta dissertação buscou propor um modelo conceitual para desenvolvimento de produto artesanal indígena de moda baseado no Slow Design para valorização da cultura Kaingang de Aldeias da Região Oeste de Santa Catarina A pesquisa é de natureza aplicada, descritiva quanto aos objetivos e apresenta abordagem qualitativa. Dentre os procedimentos técnicos, a pesquisa bibliográfica e documental é complementada com entrevista semiestruturada com artesãos da Associação Kamé Kanhru em visita de campo na Aldeia Kondá, conduzindo as experiências práticas em grupo focal. A base teórica fundamentou-se em autores como Armstrong et al. (2014), UNESCO (1997), Nacke et al. (2007), Nötzold (2003) e Cavalcante (2014, 2007), Quijano (2005), Santos (2020) entre outros. Para apoiar o norte central desta dissertação, utilizou-se Strauss e Fuad-Luke (2008) e Rüthschilling e Anicet (2018) sobre os princípios do Slow Design. Como resultado, foi proposto um modelo conceitual baseado no Slow Design para o desenvolvimento de produtos artesanais de moda considerando o contexto indígena e seus desafios.