Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Farias, Mariana Moccellin de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/21416
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Resumo: |
Este trabalho avaliou o desempenho da ventilação natural como estratégia de resfriamento passivo em uma habitação de interesse social, residência unifamiliar, considerando os climas tropical e subtropical litorâneos de Recife (PE) e Joinville (SC). Por meio de simulações de Dinâmica dos Fluidos Computacional (CFD) e de simulações termoenergéticas (BES), utilizando os programas ANSYS Fluent e EnergyPlus, investigaram-se diferentes direções de vento (0°, 90°, 180° e 270°), com a tipologia habitacional mantida constante e isolada no terreno. Os resultados indicaram que a eficiência da ventilação natural está fortemente associada à interação entre direção do vento, geometria interna e disposição das aberturas, apresentando variações relevantes entre os contextos urbanos e climáticos das duas cidades. As simulações CFD, considerando a escala real da edificação, permitiram a visualização dos escoamentos internos e externos, evidenciando a formação de vórtices e zonas de estagnação que afetam o desempenho da ventilação. A análise das taxas de ventilação adimensional (DFR) e da abrangência do escoamento interno mostrou que a avaliação do desempenho da ventilação apenas por um único indicador pode ser insuficiente, sendo necessária uma abordagem combinada. Já as simulações BES permitiram avaliar o conforto térmico com base em critérios normativos (NBR 15.575) e complementares, como a taxa média de trocas de ar por hora (ACHmed) e a umidade relativa (UR) interna. A análise dos resultados revelou que Recife apresentou maior sensibilidade às variações de vento, com oscilações mais expressivas nas taxas de ventilação e no conforto térmico, enquanto Joinville apresentou comportamento mais linear. O desempenho térmico foi melhor nos dormitórios e mais crítico na sala. A interação entre ventilação, temperatura e umidade evidenciou que a eficiência da ventilação natural depende não apenas de sua intensidade, mas também de sua distribuição espacial e da compatibilidade com a orientação solar. Por fim, a pesquisa evidenciou a importância de incorporar a ventilação natural desde as etapas iniciais de projeto, especialmente em empreendimentos habitacionais de interesse social, como forma de promover conforto ambiental, eficiência energética e salubridade no contexto de climas quentes e úmidos. |