Avaliação do potencial de aplicação de PLLA-CO-TMC Processado por impressão 3D na área odontológica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Dias, Gabriela Aline
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/11323
Resumo: A Regeneração Óssea Guiada (ROG) é uma técnica empregada na odontologia com o princípio de separar o tecido osteogênico de não osteogênico, pelo uso de biomateriais de barreira, para obtenção de novo tecido ósseo. Apesar de sua relevância, no Brasil ainda não há pinos de fixação absorvíveis para essa técnica. Nos Estados Unidos, já há modelos absorvíveis à base de poli(L-ácido láctico) (PLLA) aprovados para uso em humanos. No entanto, o homopolímero PLLA enfrenta limitações devido às reações inflamatórias causadas pelos produtos ácidos de sua degradação. Nesse contexto, este estudo buscou desenvolver e caracterizar pinos de fixação, elaborados com um copolímero biocompatível e absorvível à base de poli(L- ácido láctico-co-trimetileno carbonato) (PLLA-co-PTMC), selecionado por ser descrito na literatura com baixa reatividade inflamatória. O PLLA-co-PTMC foi analisado quanto ao seu comportamento térmico, mecânico e morfológico para avaliar sua adequação em aplicações biomédicas. Os resultados da caracterização térmica indicaram que o copolímero apresenta uma estabilidade térmica de até 305°C, permitindo a extrusão segura dos filamentos a 190°C. A análise de DSC mostrou uma temperatura de transição vitrea (Tg) de 35°C e temperatura de fusão de 162°C para os pellets, enquanto as peças impressas apresentaram uma redução da Tg ao longo do tempo de degradação. Esse comportamento sugere uma diminuição da fase amorfa do material e um aumento do grau de cristalinidade, que passou de 16,8% na condição inicial para 24% após 8 semanas de degradação. A impressão 3D, embora tenha sido eficiente para a fabricação de corpos de prova, apresentou limitações na reprodução das geometrias dos pinos em regiões de maior precisão, como as pontas. Os ensaios de tração apresentaram tensão máxima na ruptura de 17 MPa na condição inicial e após 8 semanas caiu para 2 MPa. O módulo de elasticidade caiu de 475 MPa para 82,3 MPa após 8 semanas. A avaliação microscópica demonstrou um aumento progressivo de vazios e partículas soltas nas amostras conforme a degradação avançou. Em conjunto, esses resultados indicam que o PLLA-co-PTMC apresenta propriedades térmicas e mecânicas adequadas para aplicações em impressão 3D, possuindo o potencial para a fabricação de pinos absorvíveis para regeneração óssea guiada. No entanto, melhorias no design e no processo de impressão são necessárias para garantir a reprodutibilidade e precisão das peças.