Síntese de micropartículas de pró-fármacos de resveratrol

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Reinert, Liege Priscila Sledz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/17287
Resumo: Nas últimas décadas, o resveratrol vem ganhando importância devido à sua impressionante variedade de atividades biológicas, no entanto, seu verdadeiro potencial como droga é restringido por sua baixa biodisponibilidade. Para minimizar esse problema farmacocinético, estudou-se uma maneira de modificar a estrutura química da molécula do resveratrol sintetizando micropartículas poliméricas a partir da molécula de trans-resveratrol, via condensação com diácidos carboxílicos, obtendo novos poliésteres com potencial uso como pró-fármacos. O resveratrol é um polifenol obtido de fontes renováveis, como, por exemplo, a casca da uva, e possui hidroxilasesterificáveis. Estudos acerca da composição química dos poliésteres de resveratrol obtidos por condensação com dicloretos de ácidos sebácico e adípico, por espectroscopias de ressonância magnética nuclear (RMN) de 'He 13C e de infravermelho (FTIR) indicaram que as sinteses foram bem-sucedidas. A termogravimetria (TG) indicou um comportamento de degradação em duas etapas, sugerindo a degradação da região alifática (região do sebacato e adipato), seguida pela decomposição da região dos anéis aromáticos (região do resveratrol), enquanto a calorimetria diferencial exploratória (DSC), evidenciou que foram sintetizados poliésteres de resveratrol termorrígidos com T, na faixa entre 43 e 77°C. A obtenção das micropartículas poliméricas densas, com superfície lisa e sem fissuras, foi confirmada por meio de análises de microscopias. O estudo do processo de degradação hidrolitica in vitro em solução tampão fosfato pH 7,4, indicou que os polímeros sofrem uma degradação com cinética de segunda ordem (k= 1,69 x 102) até a terceira semana, passando para uma degradação de primeira ordem (1,25 x 10-3) após a terceira semana. Esse resultado, em conjunto com estudos por TG e DSC sugerem que há domínios menos reticulados que são mais facilmente hidrolisados e responsável pela primeira etapa de perda de massa, enquanto domínios mais reticulados (em maior proporção) são aparentemente mais resistentes ao processo hidrolítico