Avaliação de diferentes processamentos para elevar o teor da proteína não degradável no rúmen em fontes proteicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Rigon, Fernanda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/16178
Resumo: Atender aos requisitos de proteína metabolizável para bovinos de corte de médio e alto desempenho é essencial para maximizar o crescimento produtivo dos animais, uma vez que a proteína microbiana sintetizada no rúmen não atende às suas necessidades proteicas. Neste caso, a dieta deve fornecer maior quantidade de proteína não degradável no rúmen (PNDR). Assim, diferentes métodos de processamento foram desenvolvidos para aumentar o teor de PNDR de fontes de proteína para gado de corte. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos de diferentes métodos de processamento para aumentar o teor de proteína não degradada no rúmen (PNDR) sobre a fermentação ruminal dos farelos de algodão (Experimento 1) e de amendoim (Experimento 2) em sistemas in vitro. Assim, foram avaliados seis tratamentos para cada experimento: controle negativo com farelo de algodão convencional (Ncontrole), tratamento térmico em microondas com xilose 2% (Forno Microondas), tratamento térmico em forno convencional com xilose 2% (Forno convencional), tratamento térmico em autoclave com 2% de xilose (Autoclave), Tanino e um produto comercial à base de soja (Pcontrole). Os parâmetros avaliados foram a cinética de produção de gases ruminais in vitro, parâmetros de fermentação e digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS). Para ambos os experimentos, um sistema de produção de gás in vitro com 25 garrafas foi utilizado para avaliar a produção total de gás (PG) (às 24 e 48h) e a cinética, bem como os perfis de fermentação. Além disso, um sistema de incubadora in vitro foi utilizado sob rotação e controle de temperatura para avaliar a DIVMS. Ambos os experimentos foram conduzidos em três rodadas de fermentação consecutivos de 48 horas. A diferença estatística foi declarada quando P < 0,05, e comparadas pelo teste de Tukey (5%). Para ambos os alimentos, o Forno convencional apresentou a menor taxa de fermentação e a maior produção total de gás (P < 0,01). Além disso, o método de processamento de Tanino apresentou menor GP total (24 e 48-h), menor digestibilidade in vitro da matéria orgânica (DIVOM) e menor energia metabolizável (EM) para farelo de algodão e farelo de amendoim (P < 0,01). Em relação aos parâmetros ruminais, o Ncontrole teve a maior produção de ácidos graxos voláteis totais (AGV) e o Tanino teve a menor produção de AGV de cadeia ramificada no Experimento 1 (P < 0,01). O Ncontrole teve o menor valor de pH final e menor concentração de nitrogênio amoniacal (N-NH3) no Experimento 2 (P < 0,01). Em ambos os experimentos, o Forno convencional e o Tanino apresentaram os menores valores de DIVMS (P < 0,01). Os diferentes métodos de processamento avaliados parecem ser eficientes na proteção da proteína da degradação ruminal. Além disso, o Forno convencional e o Tanino promoveram alterações na cinética ruminal da produção de gases in vitro e reduziram a DIVMO e DIVMS. Esses métodos de processamento são eficientes na proteção da proteína da degradação ruminal nos farelos de algodão e amendoim e podem ser utilizados como possíveis fontes alternativas de PNDR em dietas de bovinos de corte.