Aditivos fitogênicos na dieta de leitões desmamados: desempenho e variáveis séricas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Sousa, Carlos Corrêa de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/18044
Resumo: O uso de fitogênicos têm a capacidade de mitigar os efeitos adversos dos desafios sanitários e do estresse oxidativo, além de apresentarem outras características de interesse que contribuem para o aprimoramento do desempenho suíno. Nesse sentido, foram conduzidos três experimentos com o objetivo de avaliar o desempenho e variáveis séricas de leitões na fase de creche. No primeiro foi avaliado duas doses de extrato de folhas de araçazeiro (150 ou 300 mg/kg) comparativamente a leitões com e sem uso de promotor de crescimento convencional. Foram estudados leitões machos desmamados aos 24 dias (7,13± 0,63 kg) alojados em 18 baias com três leitões para avaliar o desempenho zootécnico, hematologia, bioquímica sérica, contagem bacteriana fecal e status antioxidante. A retirada dos extratos levou a piora na conversão alimentar no período de 22 a 40 dias de alojamento. Os tratamentos com ARA150 e CP não diferiram entre si no 14º dia do experimento e tiveram níveis de glicose superiores ao CN. O ARA150 promoveu níveis séricos superiores de ureia plasmática e os demais tratamentos não diferiram entre si. O segundo experimento seguiu a mesma metodologia do primeiro no qual foram avaliadas as mesmas variáveis diferindo os tratamentos pelo uso de extrato de orégano (150 ou 300 ppm). A conversão alimentar foi melhor no grupo CP em comparação com o CN na primeira semana de alojamento e as demais variáveis não apresentaram diferenças. No terceiro experimento foi estudado seis tratamentos; controle negativo; controle positivo com uso antibióticos; um blend comercial de ácidos orgânicos na dose de ,5 kg/ton, o mesmo blend com 1,0 kg/ton; óleos essenciais de canela, cúrcuma e ácido tânico na dose de 0,5 kg/ton; e tratamento com associação de blend de ácidos orgânicos e os óleos essenciais (0,3 kg/ton + 0,5 kg/ton). O experimento contou com 108 animais dispostos em 36 baias com 3 leitões por baia. Foram avaliadas o desempenho zootécnico, variáveis hematológicas, variáveis bioquímicas e proteinograma. O ganho diário de peso (GPD) no período total do experimento do grupo CP foi superior aos demais tratamentos. O tratamento utilizando AO+OE apresentou GPD maior do que o CN. Os demais tratamentos não diferiram entre si. No período total, o CP apresentou valores maiores em relação ao consumo de ração do que os grupos AO1000 e OE500. Os demais tratamentos não diferiram. A conversão alimentar durante todo o experimento foi melhor nos grupos CP, AO1000 e AO+OE em relação aos grupos CN e AO500. O OE500 não diferiu dos demais tratamentos. Não foi observado efeito do tratamento ou interação tratamento x dia para eritrócitos totais, concentração de hemoglobina e percentagem de hematócrito; diferente do que ocorreu para contagem de plaquetas, isto é, CP e OE500 tiveram menor contagem de células comparado ao CN. A contagem de leucócitos total teve interação tratamento x dia, sendo nos dias 14 e 39 foi verificado diferença com menor contagem de leucócitos nos leitões que consumiram o tratamento AO+OE. Houve interação tratamento x dia para concentração de proteína total e globulinas no dia 14º dia do experimento, sendo que a menor concentração dessas variáveis foi observada no grupo CP quando comparado ao CN; sendo que os demais grupos foram similares a CP e CN. Níveis de albumina e ureia não diferiram entre os tratamentos. No proteinograma ao 14º dia de experimento, houve interação tratamento x dia para todas as variáveis analisadas. O CP, AO500, AO1000 e AO+OE apresentaram valores de IgA superiores ao CN. Já o grupo tratado com OE500 não diferiu dos demais. Os níveis de ceruloplasmina do CN e AO500 foram superiores em relação ao CP e os demais tratamentos não diferiram. Já os níveis de transferina foram superiores nos tratamentos CN e OE500 em relação ao grupo CP e os demais tratamentos não diferiram. Quanto aos níveis de ferritina, o grupo CN apresentou nível superior em relação ao CP, sendo que os demais tratamentos não diferiram. No 39º dia não houve interação nem diferenças entre os tratamentos. Estes resultados mostram que o uso de aditivos alternativos é promissor para a produção de suínos, sendo necessários mais estudos a respeito para validar novas tecnologias.