Cromo na alimentação de cães

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Farret, Matheus Hilliard
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/16602
Resumo: Atualmente a preocupação com a alimentação de qualidade, que atenda às necessidades nutricionais dos animais de companhia, impulsiona o mercado de aditivos oriundos de fontes naturais. Estudos recentes nos levam a crer que o aumento nos quadros de processos alérgicos, nefropatias, baixa absorção de vitaminas e aumento de casos de doenças metabólicas em cães estejam relacionados ao baixo consumo de cromo nas formulações na indústria de rações. A utilização de antioxidantes naturais como o cromo é uma alternativa que além de manter as características organolépticas do produto na prateleira, traz benefícios ao metabolismo animal. Diversas fontes de cromo podem ser encontradas, inorgânica (acetato de cromo, cloreto de cromo, óxido de cromo e sulfato de cromo) e orgânica (complexo organometálico de glutationa, nicotínico e cromo), que juntos formam o composto que possui o fator de tolerância à glicose (GTF). O GTF serve como catalisador para a ação da insulina na célula, uma vez que facilita a interação desta com os receptores das células dos tecidos, melhorando o aproveitamento da glicose. Visto isso, podemos afirmar que o cromo é um elemento essencial no metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas. Não há recomendações quanto ao limite de ingestão diário para cães. Sendo assim, o estudo tem por objetivo verificar se a ingestão do cromo vai estimular a resposta imune e antioxidante em cães, produzindo um efeito benéfico na saúde desses animais. Neste estudo foram utilizados 10 beagles divididos em 2 tratamentos: cromo (ingestão de 389 mg de cromo/cão/dia; TCHR) e outro grupo composto por cães consumindo uma dieta basal (TCON - sem cromo). O experimento teve dois períodos de 28 dias, com intervalo de 15 dias entre eles; ou seja, os cães que estavam no grupo TCON no primeiro período necessariamente estavam no grupo TCHR no segundo período (todos os cães foram submetidos a todos os tratamentos). No hemograma, verificou-se maior contagem de leucócitos totais devido ao aumento do número de linfócitos quando os cães consumiram cromo. Da mesma forma, uma maior concentração de proteína total ocorreu devido ao aumento das globulinas quando os cães consumiram cromo. A concentração de ureia no soro dos cães que ingeriram cromo foi menor em relação ao controle. A atividade da catalase e a concentração de tióis proteico foram maiores no sangue de cães que consumiram cromo; animais que apresentaram menor peroxidação lipídica (TBARS) em relação ao controle. Uma menor concentração de espécies reativas de oxigênio foi observada no dia 28 em cães do grupo TCHR. O consumo de cromo pelos cães aumentou os níveis de citocinas (TNF-a, IFN-? e IL-10) e de proteína C-reativa no soro. Assim, concluímos que a inclusão de cromo na ração canina tem efeitos benéficos na saúde animal, com foco na estimulação da resposta imune e antioxidante.