Desenvolvimento de cimento endodôntico experimental: efeito da incorporação de nano hidroxiapatita e N-Acetilcisteína

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Junckes, Ermelinda Silvana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/18122
Resumo: Cimentos endodônticos são utilizados para proporcionar completo selamento do sistema de canais radiculares em tratamentos endodônticos. Uma das principais causas de falha do tratamento é a contaminação por microorganismos devido a infiltração coronária. Dentre os cimentos atualmente disponíveis, aqueles de resina epóxi apresentam excelente selamento, porém, sua bioatividade é mínima, enquanto os cimentos à base de silicatos e hidróxidos de cálcio estimulam a regeneração dentinária e atuam contra a proliferação de biofilmes através da liberação de íon Ca2+ e OH, porém com elevada solubilidade, limitando o selamento. Diante disso, a incorporação de hidroxiapatita (HAp) e fármacos como N-acetil-cisteína (NAC) em cimentos endodônticos à base de resina epóxi, têm se mostrado uma alternativa promissora ao inferir melhor bioatividade, sem comprometer suas propriedades físicas. Portanto, este trabalho tem como objetivo produzir e avaliar as propriedades físico-químicas de um cimento endodôntico compósito à base de resina epóxi com a incorporação de HAp capaz de liberar NAC. Foram sintetizadas nanopartículas de hidroxiapatita, sobre as quais adsorveu-se NAC (HAPNAC). Após caracterização, estas partículas foram dispersas nos monômeros para formar compósitos epoxidicos via polimerização química, sendo caracterizados quanto as suas propriedades físico- químicas e mecânicas, e submetidos a ensaios de absorção e solubilidade em água destilada e tampão fosfato salino em pH=5,5 e pH=7,4. A liberação de NAC ocorreu majoritariamente nas primeiras 24 horas, em dependência do pH do meio e do seu equilíbrio químico de desprotonação, atingindo 49 umol.L1 de NAC em água destilada após 28 dias, teor adequado para promover ação antioxidante, segundo a literatura. Houve liberação de até 3,2 mg/L de Ca2+, superior a cimentos epoxidicos comerciais, porém inferior aos cimentos biocerâmicos. O compósito Epóxi/HAPNAC apresentou propriedades mais próximas ao padrão ouro, AH Plus, como resistência à compressão (55 MPa), perda de massa (solubilidade) em torno de 1,5 % em todos os meios e capacidade de liberar NAC quando em contato com fluído aquoso