Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Gunzi, Elisa Kiyoko |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/16089
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Resumo: |
Esta tese analisa como a presença do risco físico persiste em algumas ações performáticas brasileiras no contexto contemporâneo, mais especificamente pela influência advinda do caráter transgressivo herdado das vanguardas artísticas (1910-1930) e das performances históricas (1960-1970). Além do viés transgressor, veremos como características mais reflexivas das ações realizadas desde o final dos anos 1980 até os anos 1990 também acabam por reverberar em algumas produções dos performers brasileiros a partir dos anos 2000. Para isso, a investigação se efetivou mediante fundamentação conceitual, histórica e teórica procedente de diversas áreas de estudo, possibilitando a compreensão dos períodos históricos e dos perfis transgressivo e reflexivo, determinados pelo contexto social, cultural e político de sua época. Analisamos, igualmente, de que modo tais perfis ainda encontram ressonância nas ações contemporâneas brasileiras, seja por meio de práticas que envolvem modificações corporais, cortes e ferimentos, seja pela exposição a situações inóspitas, nas quais o corpo testa seus limites de resistência. Recorremos a uma concepção do risco num sentido abrangente, entendendo-o como pressuposto de que o medo é um componente que altera a percepção do público com relação ao grau de risco físico com que o performer se defronta em determinadas ações. Nos estudos de caso examinamos algumas obras de artistas brasileiros que se colocam em situações limítrofes de risco, relacionando esses trabalhos com produções internacionais presentes e passadas. Para fins didáticos, consideramos o risco por atos de mutilação, que envolve ações de Juliana Notari, Elton Panamby e Priscilla Davanzo, e o risco por resistência física, que abarca produções de Maikon K., de Paula Garcia, do Grupo EmpreZa, de Marcus Vinícius e de Franzoi. Na conclusão, a pesquisa constata que as obras analisadas extrapolam os limites entre linguagens (artes visuais, teatro, dança), abrangendo influências vindas das mais diversas fontes, seja pelo caráter ritualístico ancestral, seja pelo viés espetacular. Constata ainda as distintas motivações que caracterizam, em variados graus, as performances brasileiras, tanto as de perfil transgressivo quanto as de perfil reflexivo. Diferentemente das produções históricas das décadas de 1960-70, as ações contemporâneas ponderam o risco, uma vez que os performers se preocupam em tomar as medidas necessárias para a prevenção de danos graves ou fatais. |