As Histórias pelas lentes de Sembène: narrativas históricas e emancipação (anos 1970-1980)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Gomes, Vinicius Pinto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/16217
Resumo: O cineasta Sembène Ousmane produziu, ao longo de sua carreira, filmes de distintas histórias, tratando do passado mais recuado, com a entrada do islamismo no Senegal, até as questões em torno da formação do estado nacional senegalês no século XX. Um artista que nunca teve receio em ser polêmico e tocar nas feridas da sociedade do seu país e do continente africano de maneira geral bem como de uma crítica contundente ao colonialismo. Sendo o seu trabalho, assim como a existência de um cinema africano em geral ainda pouco conhecido do público mundial, o diretor vai sendo pouco a pouco desvelado pelo olhar ocidental. Dessa maneira, a proposta deste projeto é discutir “as histórias”- no sentido plural do termo – nas narrativas cinematográficas de Sembène, focando-se especificamente na produção de dois de seus filmes: Emitai (1971) e Camp de Thiaroye (1987). A escolha dessas obras se dá pela transversalidade dos temas do colonialismo e do embate entre tradição e modernidade, assuntos que vão atravessar toda a carreira do cineasta, assim como pela particularidade desses filmes que tratam sobre acontecimentos históricos da sociedade senegalesa caros ao período de estruturação de um país independente. Sembène, portanto, engaja-se muito firmemente no debate sobre o País, a sociedade e as ideologias a germinarem no espaço pós-colonial senegalês. A discussão teórica se dá com intelectuais do sul global, dos estudos subalternos, passando pela discussão pós-colonial e um diálogo com os estudos africanos, dando assim uma margem interpretativa que abarque as especificidades do cinema africano e seu diretor. Aliado a uma metodologia de análise do filme que descortina as formas de narrativas cinematográficas.