Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Bikel, Roque Luiz |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/1257
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Resumo: |
Esta pesquisa enfoca a questão da formação de professores de Educação Física, tendo como enfoque o contexto dos estágios curriculares supervisionados (ECS). O objetivo foi analisar o cotidiano do ECS, no interior de um curso de Licenciatura em Educação Física, a partir das relações existentes entre os participantes envolvidos e as instituições. Tratou-se de uma pesquisa qualitativa de objetivo exploratório que se valeu da observação participante e da entrevista semiestruturada como procedimento para compreender o fenômeno estudado, sendo utilizado como instrumento um diário de campo e um roteiro de entrevistas previamente elaborados. A análise de dados se baseou na codificação e, a partir da triangulação das fontes buscou-se problematizar e analisar a complexidade do objeto de estudo. Como resultados, destacou-se as relações entre Universidade e Escola ainda estão distantes na realização do estágio, onde os praticantes desempenham um papel crucial na mediação dessas relações, produzindo sentidos que carregam marcas de uma produção particular, o que impera em como esse praticante irá utilizar de táticas para negociar e moldar o espaço do ECS. Além disso, existem diferentes concepções de ECS pelos praticantes que retratam a organização, aproximação com o contexto profissional e relação teoria e prática. Nesse sentido, o lugar do ECS aparece vinculado a uma relação particular do praticante com o lugar em que ocupa. No entanto, foi consenso que o ECS se trata de um espaço de aproximação com a realidade da escola, sendo um lugar de aprendizado para a profissão. Ademais, trata-se de um espaço que carrega expectativas e representações particulares de cada praticante com o lugar em que ocupa e os novos que são assumidos com a chegada do estágio, os colocando em um ‘entre-lugar’. Os estagiários aparecem tendo o seu lugar/papel pautado sobre um espaço de aprendizado, vinculado ao semblante de estudante conferido pela Universidade, cujo custo sobre o empréstimo do lugar de professor na escola parece ser trazer a inovação. Quanto aos professores que acompanham o ECS verificou-se um duplo papel, tanto das orientadoras quanto dos supervisores, que buscam dar a tônica para o desenvolvimento profissional dos estagiários, incorporando novas camadas de significado sobre a multiplicidade de práticas. Por parte dos gestores notou-se a necessidade de mais pesquisas focadas em seu papel para além de âmbito burocrático. Além disso, foi identificado elementos pautados sobre um aprendizado profissional dos estagiários relacionado a escolhas, decisões e desafios próprios da profissão. Nesse processo, o estagiário lida com uma multiplicidade de informações, sendo constantemente exposto a diferentes elementos, dos quais, no andamento do ECS, vai selecionando e absorvendo aqueles que são mais relevantes ou necessários para seu desenvolvimento profissional. Por fim, o ECS foi visto como um processo dinâmico de negociação e adaptação, onde todos os praticantes utilizam táticas para moldar e reconfigurar elementos conforme as necessidades e objetivos, formando um tecido coeso de aprendizado e prática docente. |