Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Molosse, Vitor Luiz |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/17184
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Resumo: |
A estreita diferença entre preço pago ao produtor e, os respectivos custos de produção é um dos principais “gargalos” enfrentadas na bovinocultura. Por este motivo, a necessidade do alternativo, da reciclagem, do sustentável, de forma racional a fim de ser mais competitivo, rentável e contínuo se torna cada vez mais importante. Neste sentido, o objetivo deste estudo foi avaliar se a inclusão de 100g/kg de farelo de bagaço de uva e silagem de bagaço de uva como fontes de fibra dietética alternativa ao farelo de trigo e casca de soja tem efeitos positivos sobre o desempenho de crescimento, saúde animal, qualidade da carne e viabilidade econômica de novilho em confinamento. Para tanto, foi conduzido um estudo com 24 novilhos cruzados (Charolês x Nelore), divididos em delineamento controlado randomizado pelo peso corporal inicial (248 ± 19.32 kg) em três tratamentos: dieta controle (dieta tradicional de confinamento) dieta GPS (inclusão de 100g/kg na MS de silagem de bagaço de uva na dieta) e dieta GPB (inclusão de 100g/kg na MS de farelo de bagaço de uva na dieta). Deste estudo, foram elaborados dois manuscritos, divididos em dados pré abate (1) e pós-abate (2). No manuscrito 1, podemos verificar que as dietas não influenciaram o consumo de matéria seca. O desempenho de crescimento e perfil fermentativo ruminal dos animais que receberam a dieta GPS não foram afetados, diferente da dieta FBU, quando aos animais tiveram menor concentrações de acetato, propionato e valerato no rúmen. Os novilhos SBU apresentaram maior contagem de linfócitos, em contrapartida, menores concentrações de ceruloplasmina e haptoglobina. Além disso, os animais SBU apresentaram maior capacidade antioxidante, representada pelo aumento dos PSH sérico, hepático e intestinal, assim como, menores níveis de ROS no fígado; e TBARS no fígado. Tivemos dificuldade de determinar até quanto os efeitos benéficos da dieta FBU sobre a saúde animal, pois apesar da maior resposta antioxidante, esses animais tiveram menor ganho de peso. Por fim, constatamos que o uso de SBU possibilita viabilidade econômica, por proporcionar maior receita sobre os custos de alimentação, efeito não observado pela inclusão da FBU. Para o manuscrito 2, podemos verificar que os novilhos que consumiram as dietas SBU e FBU apresentaram menor peroxidação lipídica (TBARS) e concentrações de ROS na carne. Além disso, no primeiro dia de prateleira, maior atividade da enzima GST foi observado na carne dos animais dos grupos SBU e FBU. A dieta FBU tendeu a uma carne com maior quantidade da soma n-6 ômega. A dieta SBU diminuiu os níveis de ácidos graxos saturados da carne. Concluímos que a inclusão de SBU na nutrição de novilhos é uma alternativa promissora para reduzir os custos alimentares e melhorar a saúde animal de bovinos em confinamento. Além disso, os tratamentos dietéticos SBU e FBU são uma alternativa promissora para manter os padrões de qualidade da carne durante a vida de prateleira em condições de varejo. |