Adição de própolis vermelha na dieta de ovinos: efeitos sobre a fermentação ruminal, saúde e desempenho animal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Deolindo, Guilherme Luiz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/17534
Resumo: Os consumidores têm criticado o uso rotineiro de antibióticos para nutrição animal, motivo de restrições total ou parcial em muitos países. A monensina sódica é um ionóforo comumente utilizado na nutrição animal, e seu uso tem sido associado à resistência antimicrobiana. A própolis como produto substituto aos alopáticos convencionais, tem sido amplamente estudada, pois apresenta efeitos antibacterianos, antifúngicos, antivirais e antioxidante, atuando também no sistema imunológico. Por isso, o objetivo deste estudo foi avaliar se os compostos do extrato etanólico da própolis vermelha na dieta de ovinos confinados impactará no desempenho zootécnico e saúde animal, como também no ambiente ruminal e qualidade de carne. O projeto foi dividido em dois experimentos. O experimento 1 utilizou 24 cordeiras, onde o grupo controle recebeu uma dieta basal e os grupos tratamento TP50, TP100 e TP200 receberam dieta basal + 50, 100 e 200µL/kg de peso vivo do animal de extrato de própolis vermelha, respectivamente. A suplementação não foi capaz de afetar a ingestão de matéria seca, conversão e eficiência alimentar, mas apresentou tendência no ganho de peso dos animais, onde o tratamento TP100 apresentou maior ganho de peso. Na contagem de linfócitos, houve uma diminuição nos tratamentos TP100 e TP200. As proteínas de fase aguda ceruloplasmina, haptoglobina e proteína C-reativa também diminuíram nos animais alimentados com própolis. Em relação ao status oxidativo, as variáveis TBARS e GST tiveram seus níveis diminuídos pela alimentação da própolis, demonstrando seus efeitos antioxidantes. A alimentação de própolis vermelha neste estudo diminuiu os níveis dos AGCCs. Ainda, uma diminuição na contagem de coliformes totais entre os tratamentos TP50 e TP100 foi observada. Concluímos que a adição de própolis vermelha no concentrado reduziu as reações oxidativas, diminuiu a contagem bacteriana nas fezes e estimulou a imunidade dos animais. A dieta contendo própolis de modo geral reduziu a concentração de ácidos graxos voláteis no rúmen. O ganho de peso e ganho diário dos animais tendeu ser maior no tratamento TP100, sendo uma dose ideal de 138µL/kg peso vivo. O experimento 2 utilizou 36 cordeiros, onde o grupo controle recebeu uma dieta basal e o grupo tratamento TP138 recebeu dieta basal + 138µL/kg de peso vivo do animal de extrato de própolis vermelha. Podemos verificar que os animais própolis apresentaram maior peso corporal, ganho de peso e ganho médio diário. Estes, também apresentaram menor tempo para reduzir o azul de metileno, demonstrando assim a alta atividade bacteriana no rúmen. Ainda, apresentaram menor contagem bacteriana nas fezes para E. coli, coliformes totais e enterobactérias. Nenhum efeito foi observado em relação as características de carcaça e composição química para os animais alimentados com própolis vermelha. Entretanto, para o perfil de ácidos graxos os animais que ingeriram a dieta com própolis vermelha apresentaram maiores concentrações de ácidos graxos monoinsaturados. Com isso, concluímos que a dose utilizada de 138µl/kg peso vivo pode ser usada como aditivo nutricional melhorador de desempenho pois diminuiu a contagem bacteriana e consequentemente estimulou a imunidade dos animais. O perfil de ácidos graxos foi alterado positivamente.