Qualidade da madeira de Ochroma pyramidale (Cav. ex lam.) e seu potencial para produção de painéis aglomerados

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Stange, Rafaela
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Painéis; Madeira - Qualidade; Madeira - Anatomia; Madeira - Quimica
• Link de acesso: https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/14978

A madeira da espécie Ochoroma pyramidale possui um menor ciclo de rotação comparada a outras espécies florestais tornando seu cultivo mais rentável, contudo é necessário estudar as potencialidades de utilização da sua madeira. O objetivo do presente trabalho foi caracterizar a madeira de O. pyramidale no sentido longitudinal e radial do tronco e avaliar seu potencial na produção de painéis aglomerados. As árvores, com 6 anos de idade foram obtidas de um plantio comercial situado no Município de Mira Estrela/SP. Para as análises anatômicas, químicas e físicas foram retirados discos das seções longitudinais (0%, 25%, 50%, 75% e 100%) do fuste de cada árvore. O restante do material foi processado em partículas para a produção dos painéis. Os tratamentos levaram diferentes teores de adesivo de uréia formaldeído (10% e 12%) e teores de parafina (0%, 1%, 1,5% e 2%). Os parâmetros utilizados no processo de prensagem dos painéis foi a temperatura de 160ºC, pressão específica de 30 kgf cm-² e tempo de 10 min. Posteriormente, os painéis foram avaliados por meio dos testes físicos e mecânicos. Para as análises anatômicas da madeira, a produção das lâminas permanentes e provisórias seguiram os procedimentos de acordo com International Associonation of Wood Anatomists. Na análise química do lenho foi quantificado o teor de extrativos em água fria, água quente, solubilidade da madeira em NaOH e cinzas, seguindo os procedimentos normatizados. Para a obtenção da densidade básica da madeira foi utilizado o método de imersão em água, conforme norma técnica. Como resultados da madeira pode-se apresentar: os parâmetros anatômicos avaliados como diâmetro dos poros, pontoações intervasculares, pontoações raio-vasculares, altura e largura dos raios aumentaram suas dimensões no sentido radial do tronco. A análise química da madeira apresentou diferença estatística na região longitudinal do fuste entre as análises com exceção dos extrativos em água fria. A madeira de O. pyramidale apresentou variação na densidade básica entre 0,154 e 0,269g cm-³. Como resultados dos painéis podem-se apresentar: o aumento da adição de parafina resultou em uma melhoria na estabilidade dimensional dos painéis. O tratamento que foi adicionado 12% de adesivo uréia formaldeído e 1,5% de parafina alcançou resultados superiores nas propriedades mecânicas, equivalente a 10390,91kgf cm-2 para módulo de elasticidade, 101,46kgf cm-2 para módulo de ruptura e 941,19N para resistência ao arranque de parafuso na superfície. Os painéis aglomerados de O. pyramidale alcançaram a normativa CS 235-66 (1968) para ligação interna e módulo de elasticidade, tornando-se potencial para a produção destes painéis.