Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Göbel, Lucas |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/18220
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Resumo: |
O câncer é uma patologia caracterizada por células que se proliferam de forma descontrolada e são capazes de invadir tecidos vizinhos e colonizar outros órgãos, podendo acarretar uma série de danos ao organismo. Devido sua ampla complexidade e dificuldade de tratamento e cura, o câncer configura uma das maiores causas de mortalidade do mundo e um dos maiores desafios da medicina moderna. Diante de tal problema, a química bioinorgânica tem sido utilizada como ferramenta para o desenvolvimento de complexos metálicos contendo propriedades antitumorais: moléculas que podem interagir com o DNA impedindo sua replicação e assim, reduzir ou parar a proliferação das células cancerígenas. Desde a descoberta da cisplatina por Barnett Rosenberg em 1967, novos complexos metálicos vêm sendo sintetizados e comercializados para uso antitumoral. No entanto, ainda há a necessidade de que tais fármacos sejam otimizados em relação à sua seletividade e efeitos adversos. Em função deste cenário, neste trabalho foram preparados complexos metálicos de Cu(II) e Zn(II) (1-4) com tiazo-ligantes e complexos de Pt(ll) (5 e 6) com ligantes polipiridínicos. Os compostos foram analisados e caracterizados via espectroscopia vibracional na região do infravermelho, Raman, ressonância magnética nuclear, microscopia eletrônica de transmissão com espectroscopia dispersiva de raios X (TEM-EDS), condutividade molar, análise elementar, e espectroscopia eletrônica UV- Vis, além de cálculos de minimização de energia e estrutura eletrônica via DFT e TD- DFT para os complexos 1-4, onde a partir destes, foi possível prever o arranjo estrutural mais estável para cada complexo, sendo RR-O-trans-CI para o complexo 1, RS-O-trans-Cl para o complexo 2, O-trans-Cl para os complexos 3 e O-trans-O para o complexo 4. Devido à baixa solubilidade dos compostos de Cu(II) e Zn(II) obtidos, apenas os complexos de Pt(II) tiveram seus estudos de interação frente ao DNA (oriundo de amostras de esperma de salmão) realizados através de técnicas de espectroscopia na região do ultravioleta e visível para determinar suas constantes de ligação intrínseca (Kb), sendo obtido os valores de bpy = 7,52×103 L mol-1, phen = 7,88×103 L mol1, 5 = 2,76x103 L mol1, 6 = 11,68×103 L mol1. Através da comparação destes valores com os já relatados na literatura, bem como com a análise dos espectros obtidos, que foi observado o efeito de hipocromismo de forma predominante, é sugerido que o modo de interação para ambos os complexos 5 e 6 é via sulcos. Os possíveis modos de interação entre o DNA e complexos de platina foram avaliados em estudos in silico via ancoragem molecular, o qual sustentou a hipótese de interação dos compostos, que majoritariamente é via sulcos. Devido aos valores obtidos de Kb e predominante deslocamento espectroscópico de hipocromismo na interação com o DNA e pelo fato de complexos com phen serem comumente mais estáveis que os de bpy, o complexo 6 seria um candidato mais promissor para uso antitumoral |