A contribuição da universidade no ensino do empreendedorismo medida pelo perfil empreendedor dos acadêmicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Canton, Vanessa Isabel de Marco
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/14963
Resumo: O empreendedorismo é um fator de promoção do desenvolvimento econômico e social, pois gera emprego e renda. Santa Catarina é um exemplo de estado economicamente promissor, tanto pela geração de empregos quanto pela geração de inovações. Neste contexto, a oferta e demanda por cursos superiores e de pós-graduação que tratem do empreendedorismo é crescente em todo o País. Às Instituições de Ensino Superior (IES) compete a missão de educar, formar e realizar pesquisas, e contribuir para o desenvolvimento cultural social e econômico da sociedade, promovendo, gerando e difundindo conhecimento em um contexto de pluralismo e diversidade cultural. Todavia, surge dúvida quanto aos mecanismos utilizados pelas universidades para desenvolver a formação empreendedora nas diferentes áreas do conhecimento. É necessário, porém, que as IES, e principalmente os cursos de Administração, ajustem sua conduta didático-pedagógica visando contribuir para o crescimento do empreendedorismo, assim como, dos meios para a manutenção dos negócios criados. Sabe-se que o empreendedorismo é uma ciência que se ensina e se aprende; então, se presume que o perfil empreendedor se forma por meio de processos analíticos e racionais, somados a processos holísticos e intuitivos. O presente estudo investigou como as práticas relacionadas ao empreendedorismo influenciam o perfil empreendedor dos acadêmicos dos cursos de graduação em Administração. Trata-se de pesquisa de cunho descritivo, com abordagem mista (qualitativa/quantitativa), por meio de entrevistas em profundidade com gestores e coordenadores dos cursos e aplicação de questionários com acadêmicos de Cursos de Administração. Os dados coletados permitiram concluir que as instituições posicionam-se ativamente neste assunto e deixam claro em seus projetos político-pedagógicos que o desenvolvimento do empreendedorismo é um objetivo a ser perseguido pelos respectivos cursos. Foram amostrados 199 acadêmicos, sendo 138 da primeira fase e 61 da última fase. O segundo grupo apresenta resultado 4,3% superior ao primeiro no constructo do perfil empreendedor, denotando que os cursos pesquisados estão influenciando positivamente o perfil empreendedor de seus alunos no decorrer da graduação. Os cursos que revelaram maior frequência na realização das atividades educacionais para formação do empreendedorismo apresentam também os acadêmicos com melhor perfil. Os resultados achados nas regressões lineares múltiplas explicitam a influência positiva de atividades educativas de formação em empreendedorismo em quatro das seis dimensões que compõem o perfil geral, confirmando a hipótese da pesquisa. Mediante aos resultados apresentados, é possível às instituições a promoção de ajustes nos projetos político-pedagógicos dos cursos, reformulação de estratégias e reposicionamento suas políticas e práticas institucionais para o ensino do empreendedorismo.