Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Ducati, Gabriela Castilhos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/22852
|
Resumo: |
Introdução: A importância de métodos para avaliação respiratória desde os primeiros anos de vida é amplamente reconhecida, tanto para o monitoramento do desenvolvimento pulmonar quanto como ferramenta de diagnóstico precoce. No entanto, ainda são escassas as técnicas padronizadas e seguras para aplicação nessa faixa etária. A oscilometria de impulso (IOS) é um método não invasivo e de cooperação mínima, contudo, ainda não existem estudos com a sua utilização com a máscara facial. Objetivo: desenvolver um protocolo para a aplicação do IOS em crianças de 6 a 60 meses. Métodos: Estudo metodológico, analítico e observacional aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), (CAAE: 38770314.1.0000.0118). Foram incluídas crianças de ambos os sexos, entre 6 e 60 meses. As avaliações incluíram anamnese, sinais vitais, antropometria e avaliação da mecânica respiratória por meio do IOS. Utilizou-se máscaras faciais pediátricas, cujo tamanho foi escolhido para cobrir região nasal e oral, sem que haja escape de ar. Para a avaliação oscilométrica as crianças foram posicionadas no colo do responsável, com cabeça neutra e horizontalizada e costas encostadas. Foram realizadas avaliações com quatro interfaces: NBF (nasal com boca fechada), NBO (nasal com oclusão da boca), ONO (oral com oclusão das narinas) e OCB (bocal). Para análise, consideraram-se medidas com variabilidade <15% em resistência do sistema respiratório (Rsr) a 5 Hz, e coeficiente (Co) ≥ 0,8 (5Hz) e ≥ 0,9 (20Hz). A impedância da máscara foi estimada para correção dos valores. As análises estatísticas envolveram testes pareados, correlações de Pearson/Spearman e ICC. As análises estatísticas incluíram testes de comparação pareados, correlação de Pearson/Spearman e confiabilidade intraavaliador por ICC, (α=5%). Resultados: Dos 76 indivíduos inicialmente avaliados, 52 crianças (68,42%) foram incluídas (50% do sexo feminino), com idades entre 10 e 59 meses. A taxa de sucesso foi de 52% para NBF, 66% para NBO e ONO, e 77,5% para OCB. A NBF foi a interface com maior número indivíduos avaliados (N=42). O número médio de tentativas variou entre 7,18 (NBF) e 4,14 (OCB). O tempo médio para realização das quatro interfaces foi de aproximadamente uma hora. Estratégias lúdicas e ambientais mostraram-se eficazes para aceitação do exame. A frequência respiratória foi semelhante entre os momentos pré e durante a avaliação em todas as interfaces, exceto ONO (p=0,046). Houve diferença significativa entre os valores medidos e corrigidos pela impedância da máscara em todas as variáveis (p<0,001). Apenas a comparação entre NBF e NBO não apresentou diferenças estatísticas, com correlações fortes (r > 0,7). ONO e OCB apresentaram correlação significativa, apesar de diferenças estatísticas entre valores. A confiabilidade intraavaliador foi excelente para NBF e NBO (ICC > 0,95) e boa para ONO (ICC > 0,80), com menor desempenho em reatância do sistema respiratório 35 Hz (ICC=0,671). Conclusão: A avaliação oscilométrica com máscara facial é viável, sendo a interface NBF a mais adequada. A correção da impedância da máscara é essencial. |