A atenção primária à saúde como um bom lugar para trabalhar: uma campanha para a prevenção da violência no trabalho em Santa Catarina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Bauermann, Kaciane Boff
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/15550
Resumo: Introdução: estudos nacionais e internacionais demostram que a violência no local de trabalho é um problema de saúde pública em todo mundo, frequentemente enfrentado pelos profissionais de saúde nos seus ambientes laborais, perpetrada na forma psíquica e física. Nesse trabalho buscou-se olhar para o problema na Atenção Primária à Saúde, uma vez que a violência no trabalho é uma realidade presente e possui interferência negativa no processo laboral e na saúde dos trabalhadores deste setor. Objetivos: desenvolver uma campanha publicitária com foco na prevenção da violência no trabalho, bem como para promoção da Cultura de Paz a partir da análise do fenômeno no contexto das equipes de Saúde da Família. Método: para condução da Campanha realizou-se um estudo quantitativo, que teve como cenário a região Oeste de Santa Catarina, composta por 22 municípios, totalizando 49 equipes, com participação de 280 profissionais de saúde, que responderam o questionário Survey Questionnaire Workplace Violence in the Health Sector. O estudo respeitou os aspectos éticos recomendados nas Resoluções 466/2012 e 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde, aprovado em Comitê de Ética em Pesquisa (pareceres n. 713.728; n. 2.835.706; n.3.414.195). Para o desenvolvimento da campanha publicitária, realizou-se (1) Criação e avaliação da mensagem; (2) Desenvolvimento criativo e execução e (3) Revisão da responsabilidade Social do conteúdo. O público alvo foram profissionais que compõe as equipes de Saúde da Família. O período estabelecido para a Campanha foi de dezembro de 2019 a dezembro de 2020. Resultados: com base nos achados do estudo sobre a violência na Atenção Primária à Saúde e nos achados de uma Revisão Integrativa na Literatura sobre o tema, a Campanha culminou no desenvolvimento de diferentes mídias: Webpalestra na Plataforma Telessaúde; logomarca; podcast; banner; flyer; boletim informativo; vídeos para televisores em salas de espera, vídeos para redes sociais direcionados para profissionais de saúde, usuários, gestores e sociedade civil. Foram selecionados como canais de comunicações aqueles de ampla e rápida divulgação, de baixo custo e acessíveis aos pesquisadores e ao público alvo. Contou-se com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina, com uma equipe de pesquisadores do Grupo de Estudos sobre Saúde e Trabalho da Universidade do Estado de Santa Catarina, bem como com as parcerias com a Universidade Federal da Fronteira Sul, que culminou no “FronteiraCast Saúde” e com a parceira já estabelecida com o Telessaúde de Santa Catarina. O material também foi divulgado e disponibilizado de modo eletrônico por meio da página de web específica da Universidade do Estado de Santa Catarina e do Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina. Conclusão: como uma tecnologia social, a Campanha poderá fornecer informações que possam ampliar o debate, a reflexão e sensibilização dos profissionais de saúde, bem como os gestores e os usuários, acerca da importância de prevenir a violência no trabalho e fomentar a Cultura de Paz, especialmente nos serviços de saúde.