Avaliação das práticas de gestão ambiental dos empreendimentos flutuantes de turismo e lazer no baixo curso da bacia hidrográfica do rio Tarumã-Açu/AM

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Iwata, Maria Jacqueline Ramos
Orientador(a): Cemin, Gisele
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://repositorio.ucs.br/11338/13898
Resumo: O baixo curso do rio Tarumã-Açu, localizado na zona oeste de Manaus, compõe uma área de significativa relevância turística e ambiental. Essa área tem sido explorada por uma crescente quantidade de empreendimentos flutuantes voltados ao lazer e ao turismo. Esses flutuantes, que abrangem restaurantes, bares e locação de diárias para grupos nos fins de semana, contribuem para a economia da região, sendo um destino popular tanto para moradores locais quanto para turistas em busca de uma experiência diferenciada e em contato direto com a natureza. Para que essa atividade não altere o ecossistema local, é necessário a adoção de práticas sustentáveis visando o menor impacto possível sobre essa área natural. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi identificar as principais práticas de gestão ambiental adotadas nos flutuantes de lazer e turismo localizados no baixo curso da bacia hidrográfica do Tarumã-Açu, na zona oeste da capital amazonense. Para atingir o objetivo proposto, foi trabalhado com uma pesquisa qualitativa de caráter exploratório e descritivo, com 07 flutuantes que ocorreram nos meses de abril, maio e junho de 2023; fevereiro e julho de 2024, o instrumento de coleta utilizado foi o questionário e a observação direta. Os resultados indicaram que os flutuantes da amostra adotam como padrão básico de gestão ambiental a Estação de Tratamento de Esgoto - ETE. Além disso, foram identificadas outras ações, como a participação em palestras sobre a proteção do meio ambiente (71%); a adoção a algum programa de gestão ambiental similar ao 5Rs da sustentabilidade (57%); possui equipe responsável pelo gerenciamento dos resíduos sólidos (86%); possui equipe que gerencia os efluentes sanitários (57%). O licenciamento ambiental tem sido critério específico adotado por todos desta amostra e 57% tem o licenciamento concedido pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas- IPAAM e 43% estão com o pedido de licenciamento em andamento, porém, o IPAAM concedeu-lhes a outorga para captação e lançamento de efluentes. Uma parcela significativa da amostra tem participação ativa no desenvolvimento das comunidades ribeirinhas, incluindo na mão de obra pessoas de baixa renda, além de valorizarem o comércio local e a participação em ações ambientais, contribuindo para atingir as metas dos ODS 8.9; 12.b e 14.7 da Agenda 2030. Entre as limitações que afetaram a pesquisa, destaca-se a amostra reduzida, uma vez que a maior parte dos gestores dos flutuantes não aceitaram participar do estudo. A justificativa para tal situação está relacionada a restrições judiciais impostas pela Vara Especializada do Meio Ambiente - VEMA contra os flutuantes, seguida da estiagem do verão de 2023, que paralisou integralmente suas atividades. Sugere-se a implementação de reflexões que contemplem a responsabilidade e o compromisso socioambiental não somente dos gestores dos flutuantes de lazer e turismo, mas também de outros agentes, como os colaboradores, turistas, visitantes e comunidades do entorno do Tarumã-Açu. E como produto deste estudo, os principais resultados servirão de ponto de partida para futuras investigações acadêmicas que poderão ampliar o tema e dar continuidade com novas reflexões e consciência crítica. [resumo fornecido pelo autor]