A história da licenciatura em enfermagem na Universidade de Caxias do Sul: um olhar para as práticas docentes (1974-2001)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Oliveira, Cássio de
Orientador(a): Rela, Eliana
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://repositorio.ucs.br/11338/8739
Resumo: A presente investigação foi realizada junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação, da Universidade de Caxias do Sul, vinculada à linha de pesquisa História e Filosofia da Educação, e buscou analisar as práticas docentes vivenciadas na formação do enfermeiro licenciado na UCS entre os anos de 1974 e 2001, à luz das políticas educacionais, do contexto institucional e regional. No Brasil, o Curso de Licenciatura em Enfermagem foi criado pelo Parecer no 837/68, que deu origem à Portaria do Ministério da Educação e Cultura (MEC) no 13/69, concedendo o título de licenciado ao enfermeiro, para atender à exigência social de formação profissional de nível médio (auxiliares e técnicos de enfermagem). Na Fundação Universidade de Caxias do Sul (FUCS), por sua vez, o curso de Licenciatura em Enfermagem foi criado em 05 de dezembro de 1974, por meio da Resolução no 1.074 do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da FUCS, e reconhecido por meio da Portaria No 90, de 21 de janeiro de 1980. A pesquisa, de natureza qualitativa, esteve ancorada pelos preceitos da História Cultural, sob referenciais de Pesavento (2014) e Chartier (1990; 1991). Para a construção da História das Disciplinas Escolares, utilizaram-se como referencial Chervel (1990) e Viñao (2008). A opção metodológica pautou-se na História Oral, pois permite ao pesquisador e pesquisado (re)significar a subjetividade encontrada por trás de cada palavra, apoiando-se em estudiosos como Alberti (2013), Portelli (2016) e Meihy e Barbosa (2019). Para composição do corpus empírico, as fontes documentais foram obtidas a partir de consultas ao Instituto de Memória Histórica e Cultural (IMHC) da UCS, e as entrevistas com os licenciados, que totalizaram dez, apoiaram-se em roteiro previamente definido. Das entrevistas, originaram-se as categorias e subcategorias, as quais foram analisadas sob a ótica da Análise de Conteúdo, proposta por Roque Moraes (1999; 2003). Destacaram-se três que tiveram maior relevância nas falas: contribuições e saberes advindos da licenciatura; disciplinas e metodologias utilizadas em sala de aula; a licenciatura com permissão de registro profissional junto ao MEC, a "carteirinha de professor". A fundamentação teórica para as categorias foi baseada em Tardif (2014) e Tardif e Lessard (2014), com a explanação dos saberes profissionais e práticas docentes; Anastasiou e Alves (2015), com os pressupostos para as estratégias do trabalho em sala de aula; e Nóvoa (1995; 1999; 2009; 2011), com a aprendizagem docente e o desenvolvimento profissional dos professores. O estudo permitiu que fossem discutidos os fundamentos históricos da formação do profissional da enfermagem no ensino superior, além da explanação e análise sobre os objetivos e as propostas dos projetos político-pedagógicos. Dessa forma, o trabalho permitiu a compreensão de que a enfermagem possui, desde os primórdios de sua criação como profissão, o cuidado como instrumento de trabalho, mas sempre atrelado às questões ligadas à educação. Assim, entende-se que foi possível contemplar a proposta inicial da pesquisa, pois, além do acesso às fontes documentais, houve um esforço considerável do pesquisador de construir uma narrativa possível sobre a história do curso de Licenciatura em Enfermagem na UCS, por meio das memórias de quem as vivenciou. [resumo fornecido pelo autor]