Eficiência de ensaios ecotoxicológicos na detecção de toxicidade em efluentes de refinaria de petróleo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Maffazzioli, Taísa Fedrizzi
Orientador(a): Lanzer, Rosane Maria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ucs.br/handle/11338/598
Resumo: Uma das principais fontes de poluição dos recursos hídricos são os efluentes líquidos industriais. Dentre esses, destacam-se os efluentes de refinaria de petróleo, pois geram efluentes bastante complexos e de difícil tratabilidade. Desta forma, evidencia-se a necessidade de monitoramento contínuo da qualidade desses efluentes, uma vez que são considerados de alto risco. Além do monitoramento físico-químico, o monitoramento biológico é uma importante ferramenta para avaliação da qualidade de efluentes. O objetivo desse trabalho foi avaliar a eficiência de quatro ensaios na determinação da toxicidade de efluente tratado de refinaria de petróleo. Foram realizados ensaios de toxicidade aguda com Daphnia magna e com bactérias aeróbias heterotróficas (Teste D), e ensaios de toxicidade crônica com Ceriodaphnia dubia e Caenorhabditis elegans. Os ensaios com D. magna seguiram a NBR 12713 (ABNT, 2004) e tiveram como endpoint a mortalidade. O Teste D foi baseado em Krebs (1985) e avaliou efeitos de estímulo ou inibição do consumo bioquímico de oxigênio (CBO). Ensaios com C. dubia avaliaram a mortalidade e a reprodução dos organismos, segundo a NBR 13373 (ABNT, 2005). Os ensaios com C. elegans foram realizados de acordo com a ISO/DIS 10872 (2009), e tiveram o crescimento e a reprodução como endpoints. As cinco amostras avaliadas foram provenientes de refinaria de petróleo do estado do Paraná. A análise estatística dos resultados mostrou que C. elegans foi o organismo mais sensível ao efluente, apresentando concentração de efeito observado (CEO) a partir de 12,5%, sendo classificado como organismo moderadamente sensível. Os ensaios com C. elegans e o Teste D apresentaram estímulo na concentração mais baixa, fenômeno conhecido como hormese. Esse fenômeno deveria ser considerado em avaliações ambientais uma vez que toda alteração na composição e estrutura de comunidades interfere na integridade dos ecossistemas.