Interações da criança surda em escola comum

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Franzoi, Elenara Borges Silveira
Orientador(a): Valentini, Carla Beatris
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://repositorio.ucs.br/handle/11338/1840
Resumo: Esta dissertação objetiva analisar as interações da criança surda em escola comum, a fim de entender o papel das interações no contexto escolar, bem como sua importância para a constituição da linguagem e da aprendizagem. Essa pesquisa, caracterizada como estudo de caso, de cunho exploratório, tem como sujeito uma criança surda, com 10 anos de idade, filha de pais ouvintes, frequentadora do 3º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública do Rio Grande do Sul. A definição por uma escola de ensino comum como lócus de investigação justifica-se pela Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, instituída em 2008, que pretende assegurar a inclusão de alunos com algum tipo de deficiência na rede regular de ensino. Para amparar teoricamente este estudo, é utilizado como norteador o paradigma histórico-cultural de Vigotski. A construção dos dados baseia-se em dois níveis de fontes de evidências: as prioritárias, que consistem nas entrevistas semiestruturadas com os professores e mãe da menina, e o diário de campo, composto por registros das observações diretas em sala de aula; e as de apoio, que são os vídeos registrados nas visitas à escola e os registros de acompanhamento da vida escolar da estudante. Os resultados evidenciam a necessidade de mudanças acerca da visibilidade da criança surda na escola comum. O entendimento da surdez como diferença linguística é imprescindível, pois é por meio desse entendimento que a comunicação e os processos de ensino e aprendizagem serão conduzidos. É possível constatar que a precariedade na comunicação entre a menina e seus interlocutores compromete a qualidade das interações entre eles, assim como interfere de forma prejudicial os processos de aprendizagem da estudante. Os resultados apontam ainda para a necessidade de transformação dos moldes da escola atual, bem como direcionam reflexões importantes quanto à importância da interação, do diálogo e do espaço para as diferenças. O cenário encontrado confirma a necessidade de novas pesquisas e discussões acerca dos aspectos que permeiam a educação, dita inclusiva, dos estudantes surdos.