Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Agostini, Fabiana |
Orientador(a): |
Vanderlinde, Regina |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ucs.br/handle/11338/695
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Resumo: |
O Brasil, por ser um país de grande atividade agrícola, é um dos que mais produzem resíduos agroindustriais e por isso, a busca de alternativas para a utilização da matéria orgânica gerada vem crescendo. O crescimento esperado da área vitivinícola aumentará o volume de resíduos e o conseqüente acúmulo de subprodutos provavelmente se tornará um grave problema ambiental. Estes resíduos são geralmente queimados, embora sejam por vezes usados como fertilizante ou para alimentar o gado, porém, as sementes contêm uma variedade de substâncias biologicamente ativas que são desperdiçadas, tais como compostos fenólicos, ácidos graxos e tocoferol. Estes compostos contribuem para o tratamento e prevenção de doenças cardiovasculares, além de atuarem contra a oxidação da LDL. Em vista disso, o principal objetivo deste estudo foi realizar a extração do óleo e de um extrato contendo compostos fenólicos de sementes de uva provenientes de resíduos de vinificação, utilizando as tecnologias de extração com dióxido de carbono supercrítico e extração contínua a quente em extrator Soxhlet. Foram selecionados resíduos das espécies Vitis labrusca (variedades Bordô e Isabel) e Vitis vinifera (variedades Cabernet Sauvignon, Merlot e Moscato Giallo), safras 2005 e 2006, provenientes de vinícolas de Caxias do Sul. As extrações em Soxhlet foram realizadas com hexano por 6 horas para o óleo e com etanol 70% por 8 horas para o extrato. As extrações com CO2 supercrítico foram realizadas com temperatura de 80°C, vazão de CO2 de 69g/min, pressão de 250bar e 1 hora de extração para o óleo. Para o extrato utilizou-se temperatura de 60°C, vazão de CO2 de 76g/min, pressão de 225bar, 3% de cossolvente etanol e 1 hora de extração. Os compostos extraídos foram avaliados por cromatografia gasosa e líquida, além do uso de métodos espectrofotométricos. Observou-se que no geral, as variedades de Vitis labrusca, Bordô e Isabel apresentaram concentrações mais elevadas de ácidos graxos em relação às variedades Cabernet Sauvignon, Merlot e Moscato Giallo (Vitis vinifera), demonstrando o grande potencial destas variedades mais rústicas, que ainda é pouco explorado. Já, as variedades de V. vinifera apresentaram maiores concentrações de compostos fenólicos quando comparadas às variedades de V. labrusca. Com relação aos métodos extrativos, a extração supercrítica do óleo de sementes de uva mostrou-se bastante semelhante à extração em Soxhlet, com a vantagem da ausência de solventes orgânicos durante o processo e menor tempo de extração, sendo um promissor método extrativo para óleo de sementes de uva das variedades testadas. Para extrato rico em compostos fenólicos, o melhor método extrativo foi a extração contínua a quente em extrator Soxhlet. Em geral, a safra de 2006 apresentou as maiores concentrações dos compostos avaliados quando comparada à safra de 2005. Os dados experimentais sugerem como fonte alternativa de compostos fenólicos, α-tocoferol e ácidos graxos, a utilização da biomassa residual da indústria vitivinícola, abrindo espaço para uma série de perspectivas de sua exploração, principalmente na indústria de fitoterápicos, cosméticos e de alimentos. |