Desempenho competitivo da cadeia produtiva da carne bovina do bioma pampa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Fernandes, Alice Munz
Orientador(a): Malafaia, Guilherme Cunha
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ucs.br/handle/11338/2630
Resumo: A competitividade ocorre entre sistemas produtivos e não apenas entre organizações, haja vista a interferência de aspectos ambientais internos e externos que determinam seu desempenho. Deste modo, apesar da bovinocultura de corte brasileira ser mundialmente competitiva e possuir o maior rebanho comercial, o Rio Grande do Sul, cujo desenvolvimento socioeconômico fundamentou-se na exploração desta atividade ocupa a sexta posição entre os Estados na produção de carne. Nesse contexto, o Bioma Pampa configura-se como a principal fonte de alimentação nativa para os ruminantes, cuja predominância corresponde a cerca de 63% da área total do Estado. A partir da abordagem sistêmica e das estruturas híbridas de governança, a investigação realizada teve como objetivo mensurar o desempenho competitivo da cadeia produtiva de carne bovina do Bioma Pampa. Para tanto, adotou-se como procedimentos metodológico o método de pesquisa rápida (rapid assessment ou quick appraisal), que possui um enfoque pragmático e utiliza métodos de coleta de dados convencionais para a maximização da eficiência operacional e orienta estudos sobre sistemas agroalimentares em distintos países. Deste modo, quanto a abordagem do problema tratou-se de uma investigação quantitativa, com finalidade exploratória e descritiva, por meio de um estudo de caso único. O objeto de investigação consistiu na cadeia produtiva do Bioma Pampa, cujos dados foram coletados mediante entrevista aplicada a “elementos-chave” da cadeia produtiva, pertencentes aos elos de produção, beneficiamento e distribuição, que caracterizam-se como os agregadores de valor ao produto. O instrumento de coleta de dados aplicado foi um questionário específico a cada elo, que contemplava os direcionadores de competitividade (Tecnologia, Gestão, Relações de Mercado e Ambiente Institucional) e seus respectivos fatores. Para análise empregou-se as equações propostas por Oaigen (2010), que considerava as notas de cada fator e os pesos de cada direcionador. A partir de tais resultados, calculou-se o Índice de Competitividade de cada elo da cadeia produtiva, cujos resultados obtidos demonstraram-no como favorável em todos estes, correspondendo a 6,01, 7,84 e 7,91, respectivamente. Destaca-se que o direcionador Gestão no âmbito do elo de produção foi considerado como neutro, ao passo que as Relações de Mercado despontaram como sendo desfavoráveis para os produtores. Por sua vez, os elos de beneficiamento e distribuição, apesar de apontarem deficiências e carências em determinados aspectos, inclusive aqueles relacionados ao ambiente macroeconômico, obtiveram direcionadores de competitividade classificados como favoráveis ou muito favoráveis.