Atividade antioxidante, antigenotóxica e antimutagênica de extratos de folhas de vitis labrusca (variedade Isabel) orgânica e convencional em células de mamífero v79

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Bortolini, Giovana Vera
Orientador(a): Henriques, João Antonio Pêgas, Salvador, Mirian
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ucs.br/handle/11338/670
Resumo: A produção de uva possui um papel importante na história e na economia mundial. Atualmente os vinhedos podem ser encontrados em dois sistemas distintos de cultivos, o orgânico, onde utilização de pesticidas, fertilizantes e recursos de engenharia genética são proibidos, e o convencional que podem receber tratamento com diferentes produtos químicos. A cada safra de uva é produzida uma grande quantidade de folhas de videira, as quais são principalmente descartadas no meio ambiente ou em alguns países utilizadas na preparação de bebidas, alimentos e na medicina popular. Assim sendo, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a atividade antioxidante, antigenotóxica e antimutagênica de extratos aquosos de folhas de Vitis labrusca variedade Isabel. Os polifenóis, o conteúdo de ácido ascórbico e os compostos majoritários foram determinados. Nos ensaios com linhagem celular, as células V79 foram tratadas durante 3 horas com os extratos das folhas e, em seguida, expostos durante uma hora com o agente oxidante peróxido de hidrogênio ou o agente mutagênio Metil metano sulfonado (MMS). Após, a viabilidade celular foi determinada pelo ensaio de redução MTT e sobrevivência clonogênica. O nível de peroxidação lipídica e presença de grupos carbonil das proteinas foram também verificados. O efeito antigenotóxico dos extratos foi analisado pelo ensaio cometa alcalino e com a utilização das enzimas endonuclease III (ENDO III) e fosfatidil-pirimidina de DNA glicosilase (FPG), enzimas que reconhecem os danos oxidativos à purinas e pirimidinas. A atividade antimutagênica dos extratos foi avaliada pelo ensaio de micronúcleos, através de MMS, um composto reconhecidamente mutagênico. Para a determinação da atividade antioxidante in vitro, a capacidade de varredura do radical livre DPPH· e a capacidade dos extractos para mimetizar a atividade das enzimas Superóxido dismutase (SOD) e catalase (CAT) foram avaliados. O extrato orgânico apresentou quantidade superior de polifenóis, ácido ascórbico e também de quercetina-3-glucósido e rutina que o extrato convencional. No entanto, nos ensaios de viabilidade celular, ambos os extratos, orgânico convencional e preveniram a morte celular de maneira semelhante. Em se tratando de atividade antigenotóxica e antimutagênica e atividade antioxidante in vitro, o extrato orgânico apresentou efeitos mais pronunciados. É possível que os polifenóis e também o ácido ascórbico presente nos extratos sejam responsáveis pelos resultados encontrados nesse trabalho. Embora outros estudos sejam necessários, os dados obtidos nesse trabalho mostram que os extratos aquosos de videiras da variedade Isabel, orgânico e convencional, tem importante atividade antigenotóxica antimutagênica e antioxidante e podem estar relacionados com a diminuição na incidência de diferentes patologias.