Atividade biológica da Biflorina, uma e-naftoquinona isolada das raízes da Capraria biflora L., em células tumorais e não tumorais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Wisintainer, Gabrielle Gianna Nunes De Souza
Orientador(a): Ely, Mariana Roesch, Henriques, João Antonio Pêgas
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ucs.br/handle/11338/681
Resumo: A biflorina é uma o-naftoquinona que apresenta uma variedade de atividades biológicas, entre as quais pode-se destacar a atividade antitumoral. Esta molécula é obtida a partir das raízes da planta Capraria biflora L.(Schrophulariaceae) originária das Antilhas e América do Sul e habita zonas temperada e tropical. No continente europeu é muito usada como ornamento. No Brasil, pode ser encontrada nos Estados de Goiás, Minas Gerais e na faixa litorânea entre o Piauí até o Espírito Santo. O presente trabalho traz informações referentes aos primeiros estudos de caracterização estrutural até os mais recentes relatos sobre a atividade biológica desta molécula. Neste trabalho avaliamos os efeitos citotóxicos e detecção de apoptose tardia por análise in situ de células tratadas com a biflorina. Para isso utilizamos a linhagem tumoral HeLa e a não tumoral HEK-293 tratadas com biflorina nas concentrações de 5 - 50 μg/mL por 24h, 48h e 72h. A citotoxicidade foi avaliada exclusivamente para o tratamento de 48h em seis linhagens celulares diferentes sendo elas: Hep-2, HeLa, HT-29, A-375, A-549 e HEK-293. Os resultados mostraram citotoxicidade seletiva da biflorina contra a linhagem não tumoral HEK-293 (IC50 = 56,01 ± 1,17 μg/mL) comparada com todas as linhagens de células tumorais analisadas, com IC50 variando de 29,44 ± 1,32 μg/mL até 47,37 ± 3,21 μg/mL. Modificações morfológicas em células HeLa foram observadas após o tratamento de 48 horas com biflorina de acordo com o aumento da concentração (5-50 μg/mL). Além disso, na maior parte dos casos, observou-se um incremento do estágio de apoptose tardia, na análise in situ da imunocoloração de anexina V de todas as linhagens (Hep-2, HeLa, HT-29, A-375, A-549 e HEK-293) após tratamento com a biflorina. A apoptose tardia para HEK-293 (77,69 ± 6,68%) foi mais evidente em concentrações mais elevadas de biflorina em comparação com as linhagens tumorais testadas. Os resultados indicam que a biflorina mostrou uma importante citotoxicidade contra linhagens de células tumorais. No entanto, mais estudos são necessários para entender melhor os mecanismos envolvidos na citotoxicidade e morte celular programada.