Alcaloides indólicos de Tabernaemontana catharinensis: fracionamento, isolamento, síntese e estudos de atividade in vitro e in silico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Rosales, Pauline Fagundes
Orientador(a): Silva, Sidnei Moura e
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://repositorio.ucs.br/11338/6197
Resumo: A diversidade molecular proveniente de plantas tem sido empregada com êxito na área de química medicinal, em especial na obtenção de substância, pois os metabólitos secundários das plantas, em muitos casos, são ativos em sistemas biológicos. Em consequência, temos uma fonte de novas substâncias como protótipos na pesquisa de novos fármacos. Os alcaloides constituem a classe com maior diversidade estrutural na natureza. Com foco em atividade biológica, in vitro e in vivo, estes compostos têm sido aplicados, principalmente, como inibidores mitóticos, bem como na desmontagem de microtúbulos e inibidores da topoisomerase I. Sendo assim, esse trabalho teve como objetivo realizar um estudo bio-guiado da atividade antitumoral dos alcaloides indólicos provenientes da planta Tabernaemontana catharinensis. Para isto, frações foram obtidas e avaliadas quanto à citotoxicidade in vitro contra duas linhagens tumorais A375 (melanoma) e A549 (pulmão). Além disso, os alcaloides indólicos identificados nessas frações foram avaliados quanto a sua toxicidade in silico e afinidades de ligação com a enzima topoisomerase I. No resultado preliminar, foi percebido que a fração mais ativa continha o alcaloide afinisina. Posto isto, a substância foi isolada e caracterizada quimicamente por RMN e EMAR. Posteriormente, este composto foi testado in vitro com diferentes linhagens de melanoma (A375, WM1366 e SK-MEL-28), além de avaliar a indução de apoptose e a parada do ciclo celular para identificação do mecanismo de ação. O resultado dessa segunda etapa mostrou que a afinisina foi mais ativa frente às linhagens WM1366 e A375, com CI50 variando entre 32,86 e 57,62 μg/mL. Ademais, a indução de apoptose e a parada das células na fase G0/G1 indicaram que o composto pode ser uma potencial protótipo para o desenvolvimento de novos agentes antineoplásicos. Nesse contexto, a última etapa deste estudo foi a proposta de nove compostos com estrutura semelhante à afinisina e simplificação molecular, para avaliação in silico quanto a atividade, toxicidade e afinidades de ligação com a topoisomerase I. Baseando-se nos resultados obtidos, foi realizado a síntese de um dos compostos e avaliação da citotoxicidade contra células de melanoma (WM1366 e A375). Porém a substância não apresentou atividade frente à essas linhagens celulares. Foi concluído a partir desses estudos que a afinisina é o melhor protótipo e pode ser usada em novos estudos antitumorais, como modelo de estrutura básica para busca de outros compostos ativos.