Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Luz, Giovanni Colussi da |
Orientador(a): |
Delamare, Ana Paula Longaray |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ucs.br/handle/11338/3798
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Resumo: |
Os vinhos brasileiros, principalmente do Rio Grande do Sul, apresentam, muitas vezes, elevada acidez decorrente da maturação diferente das uvas. Esta acidez é determinada por altas concentrações de ácido málico. Para atenuar a acidez fixa nos vinhos, os mostos são submetidos à fermentação malolática durante ou seguidamente a fermentação alcoólica. Na prática enológica, essa fermentação representa problemas, ocorrendo de forma descontrolada e em muitos casos não chegando a finalizar. Ainda que muitas vezes eficiente, a fermentação malolática espontânea, dependente das bactérias presentes na uva ou na cantina, varia de fermentação para fermentação e de ano para ano, sendo hoje um dos pontos críticos no processo de vinificação. Estirpes de Oenococcus oeni e Lactobacillus sp., espécies de bactérias láticas, são predominantes nesse processo fermentativo. Os parâmetros como pH, dióxido de enxofre (SO2), conteúdo alcoólico e temperatura são os mais importantes que afetam o desempenho dessas bactérias no vinho. Outras espécies bacterianas podem adicionar características indesejáveis no produto final, como a produção de aminas bioativas, odor impertinente e bacteriocinas que inibem a fermentação malolática. Esse trabalho visou a seleção e identificação de bactérias láticas nativas de vinícolas da Serra Gaúcha. Foram isoladas 34 bactérias provenientes de amostras de vinhos que se encontravam em fase de fermentação malolática, e dessas, apenas 16 foram classificadas como láticas, pois apenas essas apresentaram características de catalase negativa, Gram positivas e imóveis. Nem todas as 16 bactérias obtiveram bom crescimento em meio líquido. O ensaio fermentativo de glicose com avaliação da produção de ácido e gás demonstraram que alguns isolados não acidificaram e nem produziram gás. Já o teste de fermentação de carboidratos, que utilizou 14carboidratos, constatou que as bactérias possuem preferência em metabolizar dissacarídeos e monossacarídeos. Nos testes fermentativos em mosto sintético, alguns isolados conseguiram alterar significativamente o pH, reduzindo a acidez, porém não apresentaram turbidez. A fermentação malolática nesse experimento foi acompanhada qualitativamente em cromatografia de papel e, mesmo com problemas de crescimento, alguns isolados conseguiram efetuar uma boa fermentação malolática. Com relação à avaliação da sensibilidade ao metabissulfito de potássio (K2S2O5), diferentes níveis de Ph e diferentes concentrações de etanol, os isolados desenvolveram–se melhor nas concentrações mais baixas de K2S2O5 e em graduação alcóolica menor. Os níveis de pH próximos a 3,5 foram os preferidos para o desenvolvimento bacteriano. A existência da crovinificação em vinho sintético com grau etanólico de 10%, apenas por quatro isolados que demonstraram boa fermentação malolática em mosto, certificou que quanto menor a concentração de álcool, menor também é a interferência na fermentação. Nesse experimento avaliou-se a degradação málica quali/quantitativamente, com utilização de cromatografia de papel e kit enzimático. Houve alteração de pH, comprovando a conversão do ácido málico em lático por todos os isolados. A classificação final dos isolados os enquadrou com as espécies Lactobacillus suebicus, Lactobacillus pentosus e Lactobacillus plantarum. |