Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Machado, Flávia Medeiros Álvaro |
Orientador(a): |
Feltes, Heloísa Pedroso de Moraes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ucs.br/handle/11338/767
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Resumo: |
A prática do tradutor-intérprete de Libras envolve várias competências e, entre elas, algumas específicas que podem ser compreendidas e desenvolvidas a partir das contribuições da Linguística Cognitiva e, mais estritamente, da Semântica Cognitiva. Estudos sobre os processos de categorização humana, com base no Realismo Corpóreo, têm elucidado fenômenos relativos à influência de modelos cognitivos e culturais sobre o modo como categorias conceptuais se estruturam e atuam no processo de “fazer sentido” das experiências biossocioculturais em situações variadas de interação comunicacional (e.g. LAKOFF, 1987; LAKOFF; JOHNSON, 1999, entre outros). A investigação aqui apresentada configura-se como um estudo empírico em situação controlada, utilizando recursos de filmagem, com transcrições do sistema ELAN. Neste estudo, de natureza experimental, investigam-se os conceitos abstratos - CRÍTICO e AUTONOMIA - nos processos tradutórios de língua portuguesa-Libras-língua portuguesa escrita entre grupos de tradutores-intérpretes e surdos do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Objetiva-se identificar os processos linguístico-cognitivos nas atividades de tradução e interpretação de Libras/Português. Utilizam-se, para a tradução, microtextos especialmente elaborados para tal propósito, suficientemente contextualizados para garantir sua coerência pragmática. Os procedimentos metodológicos seguem seis etapas, divididas em duas versões. Na primeira versão, o TILS não tem conhecimento prévio do microtexto e, na segunda versão, o TILS tem conhecimento prévio deste microtexto. Essa investigação visa levantar hipóteses e evidências empíricas que possam contribuir para o aperfeiçoamento da competência e habilidade dos tradutores-intérpretes de Libras/português nos processos de compreensão e elaboração das construções que expressam conceitos abstratos, que possuem correspondentes lexicais/gramaticais na LP, mas não, necessariamente, em Libras. Os resultados revelam que a performance dos tradutores-intérpretes é mais adequada na segunda versão, uma vez que o conhecimento prévio do texto permite mais referências sobre as escolhas feitas no ato tradutório. Isso demonstra que, nos sentidos espontâneos de interpretação simultânea, o TILS obriga-se a fazer escolhas mais rápidas e imediatas que, nem sempre, expressam o sentido intencionado no discurso fonte. O resultado da investigação serve para reforçar a necessidade da continuidade de aperfeiçoamento desses profissionais, além de alertá-los quanto aos problemas da interpretação e tradução dos conceitos abstratos. |